
'Gaza pertence ao povo palestino': China critica plano de Israel para assumir controle militar

A China condenou o plano de Israel de assumir o controle militar de Gaza, classificando o território como "parte integrante do território palestino". A posição foi expressa nesta sexta-feira (8) pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lin Jian, por meio da plataforma X, onde pediu a Israel para "interromper imediatamente esse movimento perigoso".
"Gaza pertence ao povo palestino", afirmou Lin, ao defender um cessar-fogo imediato na região.
A crítica chinesa surge após o anúncio do gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que aprovou um plano para tomar o controle da Cidade de Gaza, medida que pode resultar na ocupação total do enclave.

Netanyahu, reafirmou nesta sexta-feira o compromisso do gabinete de segurança com o plano para que as Forças Armadas assumam o controle da cidade de Gaza. Ele enfatizou que não há intenção de manter uma ocupação permanente.
"Não vamos ocupar Gaza, vamos liberá-la do Hamas", declarou em sua conta na rede X.
Segundo o primeiro-ministro israelense, o objetivo é que a cidade seja "desmilitarizada" e, em seguida, que uma administração civil pacífica seja instalada.
O político destacou que "nem a Autoridade Palestina, nem o Hamas, nem nenhuma organização terrorista" farão parte da nova gestão, ressaltando que a medida visa facilitar a libertação dos reféns e impedir que Gaza volte a ser uma ameaça a Israel.
Em entrevista à Fox News na quinta-feira, Netanyahu declarou: "Não queremos estar [em Gaza] como um órgão governante, queremos entregá-la às forças árabes que a governarão adequadamente".
