O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, defendeu nesta sexta-feira (8) o plano do gabinete de segurança para que o Exército assuma o controle da cidade de Gaza. Ele garantiu que não há intenção de ocupação permanente.
"Não vamos ocupar Gaza, vamos liberá-la do Hamas", escreveu em sua conta na rede X. Segundo Netanyahu, a cidade "será desmilitarizada" e, depois, "estabelecerá ali uma administração civil pacífica".
De acordo com o líder israelense, "nem a Autoridade Palestina, nem o Hamas, nem nenhuma organização terrorista" farão parte da nova gestão. Ele afirmou que a medida ajudará a libertar reféns e evitar que Gaza volte a representar ameaça a Israel.
O plano aprovado inclui cinco princípios para encerrar o conflito no enclave palestino: desarmamento do Hamas, libertação de 50 reféns (dos quais cerca de 20 estariam vivos), desmilitarização de Gaza, controle de segurança israelense sobre a região e criação de uma administração civil alternativa.
Um funcionário israelense, citado pelo site Axios, disse que Gaza deve ser esvaziada de todos os civis palestinos até 7 de outubro. O Hamas respondeu que a proposta de ocupar a cidade e evacuar seus moradores representa "um novo crime de guerra que o Exército de ocupação pretende perpetrar".
Na quinta-feira (7), Netanyahu já havia indicado que Israel não pretende manter controle permanente de toda a Faixa de Gaza. "Não queremos governá-la. Não queremos estar ali como órgão de governo", afirmou, acrescentando que a intenção é que forças árabes assumam o comando "de forma adequada" e sem ameaçar Israel.
O primeiro-ministro não mencionou quais países ou entidades poderiam assumir essa função.
Atualmente, Israel controla cerca de 75% do território de Gaza, mas evita entrar em áreas onde acredita que o Hamas mantém reféns. A principal região fora do controle israelense é a faixa costeira que se estende da cidade de Gaza, no norte, até Khan Younis, no sul.