
Meta reativa contas do Instagram e Facebook de Jones Manoel

O ativista Jones Manoel teve suas contas de Instagram e Facebook reativadas pela Meta* nesta sexta-feira (08).
Após ter suas contas suspensas na quinta-feira (07), o ativista denunciou a repressão e ausência de liberdade, o que repercutiu com a solidariedade expressa por vários aliados.
Em pronunciamento em sua conta no X, o influenciador agradeceu a todos que pressionaram a empresa americana para a retomada de suas contas. Ele disse que é difícil lembrar e agradecer nominalmente todas as pessoas que se manifestaram a seu favor. "Foram muitas personalidades", disse na manhã de sexta-feira (08).
"A gente conseguiu impor uma vitória tática contra a Meta. A Meta sentiu a pressão política e foi por isso que minhas redes foram habilitadas, né? Dado a onda de solidariedade, dado a força de tudo que aconteceu ontem (quinta-feira, 07 de agosto)".

Ainda na quinta, Jones Manuel concedeu entrevista ao apresentador do Flow Podcast, Igor Coelho, oportunidade em que os influencers conversaram por mais de três horas e meia, também com grande acesso do público brasileiro.
Durante a conversa, Jones relembrou que "A Meta*, ela exclui minhas redes sociais, sem possibilidade de apelação, então não dá para você pedir para ela reavaliar, para devolver meu Instagram, para devolver meu Facebook, ela simplesmente excluiu, falou que tinha problemas com a conta, não disse qual, nunca chegou nenhum e-mail, nenhuma mensagem, nada avisando de qualquer violação de termos de uso, absolutamente nada, simplesmente as contas foram deletadas".

Nesse sentido, adicionou que "aí tem um contexto, né? Esta exclusão acontece em um momento de crescimento muito intenso das minhas redes, de um sucesso da comunicação digital que eu venho fazendo. O Instagram tinha passado mais de um milhão de seguidores, tava numa pegada de 25 mil a 30 mil seguidores por dia. O meu canal no Youtube, hoje (07), o Farol Brasil, bateu mais de 500 mil inscritos".
Ademais, ele lembrou que todas as redes sociais estavam "crescendo, fruto dos debates que a gente vem participando, das atividades pelo Brasil, entrevista com o Mano Brown", bem como que, particularmente, ele "não acredito em coincidência. Assim, no momento em que a gente vem tendo um crescimento, vem conseguindo furar a bolha, como o pessoal diz, né? Conseguir levar para cada vez mais pessoas o debate que a gente faz sobre revolução brasileira, o négocio 'pou'".
Apesar do foco inicial no impacto das Big-techs no Brasil, a conversa abrangeu uma variedade de temas.
"Vai chegar um momento da história brasileira em que a gente vai tratar o Bolsonaro tal qual um alemão normal trata Hitler", relembrou Jones, que também afirmou, em provocação aos Estados Unidos, onde está a sede da Meta*, que "a liberdade custa caro. Lutar para nosso povo ser livre, lutar para a gente ter um país realmente soberano, a gente vai enfrentar a maior potência da terra. Veja, o governo dos Estados Unidos tá dizendo que quer as terras raras do Brasil, (...) É declarado publicamente que as Big-techs são instrumento da política de Estado dos Estados Unidos".
Assim como após o cancelamento, diversas personalidades expressaram apoio a Jones Manuel após a recuperada de suas contas. Ele diz estar em contato com seus advogados para a adoção de medidas que sejam necessárias para a sua defesa.
Em sua conta no X, Jones Manuel compartilhou a publicação da RT Brasil que comunicou acerca do cancelamento de suas contas na quinta-feira (07). Na véspera, 06 de agosto, o presidente Lula defendeu taxação de big techs e disse à Reuters que "se não quiser regulação, que saiam do Brasil".
*Classificada na Rússia como uma organização extremista, cujas redes sociais são proibidas em seu território.

