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Trump prepara sanções contra esposa de Moraes após prisão domiciliar de Bolsonaro- Metrópoles

Governo norte-americano também discute restringir vistos de juízes e membros da PF e PGR.
Trump prepara sanções contra esposa de Moraes após prisão domiciliar de Bolsonaro- MetrópolesFoto: Ricardo Stuckert / PR

Em retaliação à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, "avança para aplicar sanções à esposa do magistrado, a advogada Viviane Barci de Moraes", segundo apurou o jornalista Paulo Cappelli, do portal Metrópoles.

O objetivo do presidente norte-americano seria impactar negativamente os serviços prestados pelo escritório de Barci de Moraes, seja para empresas com negócios em Washington, seja para brasileiros com interesses comerciais nos Estados Unidos.

De acordo com o jornalista, a extensão da aplicação a Viviane é concreta e está em análise.

Ao aplicar a Lei Magnitsky a Alexandre de Moraes, o governo Trump não havia imposto sanções à cônjuge do ministro.

Ainda segundo Capelli, a Casa Branca discute internamente a adoção de novas tarifas contra o Brasil, a aplicação de sanções com base na Lei Magnitsky a outros ministros do STF e a suspensão de vistos de juízes auxiliares da Corte, além de autoridades da Polícia Federal (PF), da Procuradoria-Geral da República (PGR) e de políticos com atuação consideradas próxima à Suprema Corte.

"Violador de direitos humanos"

Após a decretação da prisão domiciliar de Bolsonaro, o Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado dos EUA condenou a decisão decretada por Moraes, afirmando que o país norte-americano responsabilizará "todos aqueles que auxiliarem e incentivarem a conduta sancionada".

"O Juiz Moraes, agora um violador de direitos humanos sancionado pelos EUA, continua a usar as instituições brasileiras para silenciar a oposição e ameaçar a democracia. Impor ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro de se defender em público não é um serviço público. Deixem Bolsonaro falar!", publicou o órgão norte-americano na rede X.