
Brasil investirá R$2,4 bilhões na compra de equipamentos para o SUS, com foco na produção nacional
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) anunciou nesta segunda-feira (4) que o governo federal investirá R$ 2,4 bilhões na compra de mais de 10 mil equipamentos de saúde destinados ao atendimento básico e à realização de cirurgias. A prioridade será dada a produtos fabricados no Brasil com tecnologia nacional, conforme divulgado pela Agência Brasil.
Segundo o MDIC, os equipamentos produzidos no país poderão ser adquiridos mesmo que seus preços sejam até 10% a 20% superiores aos similares importados.

As aquisições serão feitas por meio de editais do Ministério da Saúde, no âmbito do PAC Saúde (Programa de Aceleração do Crescimento voltado à área da saúde), com foco no fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
"O governo do presidente Lula seguirá mobilizando todos os instrumentos para defender a economia brasileira, como é o caso das compras públicas, que têm um papel importante para fortalecer o setor de dispositivos médicos", afirmou o vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin.
Atualmente, o Brasil produz cerca de 45% da demanda nacional por medicamentos, vacinas, equipamentos e dispositivos médicos, materiais hospitalares e outras tecnologias em saúde. A meta do governo é elevar esse índice para 50% até 2026 e 70% até 2033.
Segundo a publicação mais recente do ministério, entre os itens listados estão 17 equipamentos voltados ao atendimento básico e 11 utilizados em cirurgias e procedimentos oftalmológicos, com aplicações tanto na atenção especializada quanto na atenção primária.
- Os dispositivos médicos estão entre os produtos que foram afetados pelas tarifas de até 50% impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre importações brasileiras.
- De acordo com o CEO da Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (Abimo), Paulo Henrique Fraccaro, o Brasil possui duas opções para mitigar os impactos da medida americana: absorver os custos adicionais sem repassá-los ao consumidor, ou ampliar o comércio com países produtores de dispositivos médicos, como China, Índia e Turquia.
ENTENDA O AUMENTO DAS TENSÕES COMERCIAIS ENTRE BRASIL E EUA EM NOSSO ARTIGO.
