
Reeleição indefinida em El Salvador é criticada apenas porque país é 'pequeno e pobre', diz Bukele

O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, afirmou que as críticas à aprovação da reeleição presidencial indefinida em seu país se devem ao fato da nação centro-americana ser "pequena e pobre".
"90% dos países desenvolvidos permitem a reeleição indefinida de seu chefe de governo, e ninguém se incomoda. Mas quando um país pequeno e pobre como El Salvador tenta fazer o mesmo, de repente é o fim da democracia", escreveu o mandatário em sua conta no X neste domingo (3).
Antecipando contra-argumentos, Bukele reconheceu que um sistema parlamentar não é o mesmo que um presidencial, mas afirmou que um ''tecnicismo'' não justifica ''uma abordagem de dois pesos, duas medidas''.
O presidente parece fazer alusão a países europeus como a Alemanha, que, vale lembrar, foi governada por Angela Merkel por mais de 16 anos como chanceler.

Em seguida, destacou que, até mesmo se seu país "se declarasse uma monarquia parlamentar com exatamente as mesmas regras do Reino Unido, Espanha ou Dinamarca", as críticas continuariam:
"Porque o problema não é o sistema, mas o fato de um país pobre ousar agir como um país soberano. Você supostamente não deve fazer o que eles fazem. Você deve fazer o que eles mandam. E esperam que você fique na sua posição", expressou.
- Nesta quinta-feira, a Assembleia Legislativa aprovou uma reforma constitucional relâmpago que permite a reeleição presidencial indefinida e amplia o mandato de cinco para seis anos, além de eliminar o segundo turno eleitoral.
