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Atualmente, não existem meios para se defender do Oreshnik, diz ex-analista do Pentágono à RT

Segundo Michael Maloof, "a nova arma pode mudar o equilíbrio de poder massivamente a favor de Moscou".
Atualmente, não existem meios para se defender do Oreshnik, diz ex-analista do Pentágono à RTSputnik / Yevgueni Biyatov

Nem o regime de Kiev nem seus apoiadores ocidentais possuem meios para fazer frente ao novo míssil de médio alcance Oreshnik recentemente implantado pela Rússia, declarou Michael Maloof, ex-analista sênior de segurança do Pentágono, em entrevista à RT na sexta-feira (1).

Maloof destacou que o Oreshnik poderia ''facilmente mudar o equilíbrio de poder massivamente a favor" da Rússia em qualquer conflito.

"Ter um míssil hipersônico contra o qual não há defesa atualmente... é impressionante. Isso altera dramaticamente o equilíbrio de poder, e os ucranianos não têm defesa contra isso", afirmou.

Ele observou que, embora os EUA estejam trabalhando para adaptar sistemas de defesa antimísseis como o THAAD para enfrentar ameaças hipersônicas, esses programas ainda estão em desenvolvimento.

"Atualmente, não há capacidade operacional para lidar com um míssil hipersônico", disse Maloof, acrescentando que o Oreshnik pode atingir seus alvos em questão de minutos.

O ex-analista acrescentou que o míssil também viaja a uma velocidade superior a 11 mil km/h. "Não há defesa contra isso", afirmou.

Maloof declarou que o sistema de mísseis já foi testado com sucesso em condições reais de combate, em alusão a um ataque contra a indústria militar Yuzhmash na cidade de Dnepr em novembro de 2024.

  • Segundo o presidente russo Vladimir Putin, as ogivas do míssil atingiram velocidades superiores a Mach 10, impossíveis de interceptar pelos sistemas de defesa aérea atuais. O míssil pode carregar ogivas convencionais ou nucleares e tem alcance de vários milhares de quilômetros.
  • Segundo Putin, o ataque com o Oreshnik na Ucrânia foi uma resposta à decisão do país de usar mísseis de longo alcance fornecidos pelo Ocidente para atingir território russo em profundidade.
  • Na sexta-feira (1), o presidente russo anunciou que o primeiro sistema de mísseis Oreshnik produzido em série entrou em serviço nas Forças Armadas. Ele também destacou que a questão do fornecimento dessas armas para Belarus, principal aliada da Rússia, deve ser resolvida até o final deste ano.