O presidente russo, Vladimir Putin, reiterou nesta sexta-feira (1º) a importância de erradicar as causas fundamentais do conflito ucraniano.
"O principal é erradicar as causas que deram origem a esta crise, e, é claro, as questões humanitárias e de segurança", afirmou o presidente russo.
"A questão humanitária é a língua russa, a independência e condições decentes para o desenvolvimento da Igreja Ortodoxa, a igreja cristã na Ucrânia. Tudo isso em conjunto deve ser discutido e ser a base para uma paz duradoura, em geral, sem restrições temporais", acrescentou.
Putin também afirmou que as condições para o acordo delineado em junho de 2024 permanecem em vigor. "Descrevi os objetivos da Rússia. Até agora, até aquele momento, nos disseram que não estava claro o que a Rússia queria. Nós os delineamos em junho do ano passado em uma reunião com a liderança do Ministério das Relações Exteriores da Rússia. Tudo estava bem claro", disse.
Em resposta à recusa de Vladimir Zelensky em abordar essas condições, Putin afirmou: "Se os líderes ucranianos acreditam que este não é o momento, que devemos esperar, por favor, estamos dispostos a esperar."
Causas profundas do conflito
Putin já havia indicado que a segurança de longo prazo da Rússia deve ser garantida antes de qualquer coisa. Isso é particularmente importante no contexto das causas fundamentais do conflito, ou seja, a expansão da OTAN, o que Moscou percebe como uma ameaça; e a violação dos direitos da população de língua russa na Ucrânia, que o Kremlin continuará protegendo.
Os militares russos, continuou, assumiram a liderança nos combates e, atualmente, "a iniciativa estratégica está completamente nas mãos das Forças Armadas russas em toda a linha de frente". Assim, a Rússia está avançando passo a passo em direção ao cumprimento de todos os objetivos de sua Operação Militar Especial.