
Fundações de Soros impulsionaram teorias da conspiração contra Rússia - documentos desclassificados

Nesta quinta-feira (31), foi divulgado pelo Comitê do Senado dos Estados Unidos, presidido pelo senador Chuck Grassley, um novo apêndice do relatório do ex-procurador John Durham. O documento revela o papel de fundações ligadas a George Soros, como a Open Society Foundations, na construção de narrativas falsas sobre o suposto conluio entre Donald Trump e a Rússia nas eleições presidenciais norte-americanas de 2016.
Desclassificado pelo Departamento de Justiça em parceria com a CIA, o relatório traz à tona evidências inéditas de uma coordenação interna para impulsionar a narrativa falaciosa.
Segundo o material, a campanha de Hillary Clinton, por meio de aliados como Leonard Benardo, diretor regional para a Eurásia na Open Society Foundations, e empresas de segurança digital como CrowdStrike, teria aprovado e disseminado informações para criar e manter a narrativa de uma suposta interferência russa.
"Dois dos e-mails aparentemente hackeados parecem ter se originado da Open Society Foundations", enviou Leonard em um dos e-mails obtidos.
"Durante a primeira fase da campanha, devido à falta de evidências diretas, foi decidido disseminar as informações necessárias por meio de estruturas técnicas afiliadas ao FBI... em particular, as empresas CrowdStrike e ThreatConnect, de onde as informações seriam disseminadas por meio de publicações importantes dos EUA", completou Benardo, conforme o apêndice.

Fontes estrangeiras, que preferiram não se identificar, informaram à Fox News que o FBI, juntamente com o governo de Barack Obama, estaria por trás da onda de desinformação sobre um suposto conluio entre a Rússia e Donald Trump.
Após a desclassificação dos novos documentos de Durham, a procuradora-geral Pamela Bondi, o diretor da CIA John Ratcliffe e o diretor do FBI Kash Patel divulgaram as seguintes declarações:
"Hoje, o Departamento de Justiça forneceu ao Presidente Grassley informações anteriormente confidenciais relacionadas à investigação do Conselheiro Especial Durham sobre uma possível coordenação entre a campanha de Clinton e o governo Obama para interferir na eleição presidencial de 2016".
Demonizando Putin
O apêndice revela ainda indícios de uma estratégia, atribuída a Hillary Clinton e sua equipe, para construir uma narrativa falsa contra o presidente russo Vladimir Putin e Donald Trump, em um plano que previa uma longa duração. Em um dos e-mails, Benardo escreve:
"A análise da mídia sobre o hackeamento do Comitê Nacional Democrata parece sólida... Julie (assessora da campanha de Clinton) diz que demonizar Putin e Trump será uma questão de longo prazo."
Benardo acrescenta, segundo o arquivo, que "mais tarde, o FBI colocará mais lenha na fogueira."
Segundo Durham, o objetivo de Hillary ao associar Moscou a Washington era obter o apoio do gabinete do vice-presidente, do FBI e de outras agências de inteligência, como o Bureau de Inteligência e Pesquisa (INR) do Departamento de Estado, para fortalecer essa narrativa.
Em 31 de julho de 2016, o FBI deu início à investigação conhecida como Crossfire Hurricane, cujo objetivo era apurar uma suposta coordenação entre a campanha de Trump e a Rússia nas eleições presidenciais daquele ano.
"A melhor avaliação do Escritório é que os... e-mails que supostamente eram de Benardo eram, em última análise, uma combinação de vários e-mails obtidos por meio de invasão de inteligência russa em think tanks sediados nos EUA, incluindo a Open Society Foundations, o Carnegie Endowment e outros", afirmou a equipe de Durham em análise geral sobre o caso.
Principais autoridades que trabalharam na desclassificação:
O diretor da CIA, John Ratcliffe, a diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, o diretor do FBI, Kash Patel, e a procuradora-geral Pam Bondi trabalharam em conjunto para desclassificar as informações.
Ratcliffe disse que a desclassificação foi um "passo ousado" para mostrar "a falsa narrativa da conivência entre Trump e a Rússia pelo que ela realmente era — um plano coordenado para impedir e destruir a presidência de Donald Trump".
O senador Chuck Grassley descreve os documentos divulgados como "um dos maiores escândalos e acobertamentos políticos da história americana".
Bondi disse que o Departamento de Justiça e a CIA estão "comprometidos com a verdade e a transparência e continuarão a apoiar os esforços de boa-fé do Congresso para responsabilizar nosso governo".
Em 2018, Patel afirmou que o povo americano merecia saber a "verdade completa e sem filtros sobre a farsa da conspiração com a Rússia".
