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Haddad comenta decreto de tarifas de Trump contra Brasil: 'mais favorável do que se imaginava'

O presidente americano manteve cerca de 700 produtos de fora da taxação de 50%, incluindo suco de laranja, combustíveis e aeronaves.
Haddad comenta decreto de tarifas de Trump contra Brasil: 'mais favorável do que se imaginava'Gettyimages.ru / Anna Moneymaker / NurPhoto

Fernando Haddad, ministro da Fazenda do Brasil, reagiu ao decreto formalizado pelo presidente Donald Trump na quarta-feira (30), instituindo tarifas de 50% contra certos produtos brasileiros. 

"Na nossa opinião, houve sensibilidade para algumas considerações que já havíamos feito mais de uma vez. Que isso não ia só afetar o trabalhador brasileiro, que ia afetar o consumidor americano. Algumas das nossas observações foram apreciadas e contempladas, mas estamos longe do ponto de chegada. Estamos em um ponto de partida mais favorável do que se imaginava, mas longe do ponto de chegada", afirmou a jornalistas nesta quinta-feira (31), em Brasília, conforme citado pelo portal g1. 

O decreto de Trump manteve cerca de 700 produtos fora da taxação de 50%, incluindo suco de laranja, combustíveis, veículos, aeronaves e determinados tipos de metais e madeira. A Casa Branca esclarece que as medidas entrarão em vigor 7 dias após a publicação do decreto - ou seja, no dia 6 de agosto.

Anteriormente, Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, observou que seria inviável para os EUA manter, por exemplo, tarifas altas sobre aeronaves produzidas pelo Brasil:

"O maior prejuízo seria das companhias aéreas americanas, que não têm substituto imediato. Além disso, o sindicato de pilotos não aprovaria trocas sem segurança garantida. Era o caso mais específico e complicado de se substituir", afirmou, citado pela imprensa brasileira.