
Assessor de Putin detalha qual é a 'maior ameaça' para o dólar

A ameaça ao dólar norte-americano não vem dos países do BRICS, mas das sanções ineficazes impostas por autoridades dos Estados Unidos, afirmou nesta quarta-feira Kirill Dmitriev, representante especial da Presidência russa para cooperação econômica com países estrangeiros e diretor-geral do Fundo Russo de Investimento Direto.
"A maior ameaça ao dólar americano não são os BRICS, mas pessoas como Biden, que o utilizam como arma com sanções intermináveis e ineficazes", escreveu Dmitriev em sua conta nas redes sociais.

Anteriormente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou os BRICS como "um grupo de países anti-americanos". "É um ataque ao dólar, e não vamos permitir que ninguém ataque o dólar", afirmou, referindo-se ao grupo.
O comentário de Dmitriev também ocorreu após Trump anunciar que reduziria de 50 para 10 dias o prazo dado a Moscou para chegar a um acordo de paz com Kiev. O presidente advertiu que, caso o prazo expire sem avanços, Washington imporá tarifas e outras restrições contra a Rússia, embora tenha admitido não ter certeza se tais medidas surtiriam efeito.
Trump ainda afirmou não ter recebido resposta de Moscou após suas ameaças de sanções.
Enquanto isso, ao ser questionado sobre a preparação da Rússia para enfrentar novas restrições econômicas, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, destacou a "imunidade" do país a tais medidas.
"Vivemos sob um grande número de sanções há muito tempo, e nossa economia tem operado sob um grande número de restrições. Portanto, é claro, já desenvolvemos uma certa imunidade", afirmou.
