O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos impôs, nesta quarta-feira (30), o conjunto mais abrangente de sanções contra o Irã dos últimos sete anos, direcionado a uma rede internacional de transporte marítimo controlada pelo influente comerciante de petróleo Hossein Shamkhani.
A medida atinge dezenas de indivíduos, empresas e embarcações vinculadas ao império empresarial de Shamkhani, em uma tentativa de enfraquecer uma das principais fontes de receita de Teerã, que, segundo o Departamento do Tesouro dos EUA, já "canalizou bilhões de dólares" para o governo iraniano.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que as mais de 115 sanções anunciadas nesta quarta-feira "são as mais abrangentes até agora" desde o lançamento da campanha de "pressão máxima" contra o Irã pelo governo Donald Trump.
"Essas medidas colocam os interesses dos EUA em primeiro lugar, ao atingir as elites do regime que se beneficiam enquanto Teerã ameaça nossa segurança", declarou.
Já o secretário-adjunto do Tesouro, Michael Faulkender, disse a repórteres que o objetivo é "limitar a principal fonte de receita de Teerã, pressionar o regime a encerrar seu programa nuclear, reduzir seu arsenal de mísseis balísticos e cessar o apoio a grupos terroristas."
- Em 2015, o Irã, o grupo P5+1 (Reino Unido, China, França, Rússia, Estados Unidos e Alemanha) e a União Europeia assinaram o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA), que previa o levantamento de sanções contra Teerã em troca de restrições verificáveis ao programa nuclear iraniano, destinadas a impedir o desenvolvimento de armas nucleares.
- No entanto, em 2018, durante seu primeiro mandato, Donald Trump retirou os Estados Unidos do acordo de forma unilateral, restabeleceu sanções e adotou medidas adicionais de pressão. Em reação, Teerã passou a suspender gradualmente suas obrigações previstas no pacto.
ENTENDA O PROGRAMA NUCLEAR DO IRÃ LENDO NOSSO ARTIGO.