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Eduardo Bolsonaro afirma que sanções contra Moraes são 'leves' diante de ações do ministro

Deputado publicou nota dizendo que punições americanas expõem abusos cometidos no Brasil por decisões do ministro do STF.
Eduardo Bolsonaro afirma que sanções contra Moraes são 'leves' diante de ações do ministroCelal Gunes/Anadolu via Getty Images

Nesta quarta-feira (30), o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o jornalista Paulo Figueiredo divulgaram uma nota conjunta reagindo à sanção aplicada pelos Estados Unidos contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, com base na Lei Magnitsky.

Segundo os autores, a decisão de Washington confirmou o que "milhões de brasileiros já sabiam: Alexandre de Moraes é um violador de direitos humanos", que seria responsável por ações que ultrapassam o âmbito jurídico e atingem diretamente a liberdade e os direitos fundamentais.

Para Eduardo e Paulo, as penalidades aplicadas pelos EUA não se comparam à gravidade das medidas promovidas por Moraes no Brasil.

"As sanções financeiras são duras — mas ainda leves diante do que Moraes impôs a milhares de brasileiros inocentes: o exílio, o silêncio forçado, a humilhação pública, a prisão sem julgamento, o confisco de bens, a destruição de reputações e famílias", diz a nota oficial.

No texto, os autores citam o caso de Cleriston da Cunha, o "Clezão", apontado como exemplo das consequências das ações atribuídas ao ministro, tendo morrido em 20 de novembro de 2023, após sofrer um mal súbito durante o banho de sol no presídio da Papuda.

Ele havia sido preso por envolvimento nos atos de 8 de janeiro, sendo acusado de "auxiliar, provocar, insuflar o tumulto, com intento de tomada do poder e destruição do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal", empregando violência ao invadir a Praça dos Três Poderes. À época, seu advogado apresentou diversos pedidos de liberdade, alegando comorbidades, mas todos foram negados por Moraes, relator do caso.

Foragidos pela Justiça brasileira, os autores da nota afirmam que sua atuação está apenas começando, enfatizando que as medidas aplicadas contra o ministro do STF preveem sanções contra qualquer pessoa que tenha "assistido, patrocinado ou fornecido apoio financeiro, material ou tecnológico para tais atos", indicando que novas autoridades podem sofrer punições.

Assim, justificam que suas ações nos Estados Unidos visam garantir a liberdade de "se expressar, para se reunir, para votar, para apoiar quem quiser - sem medo da vingança de um tirano". O texto conclui com uma convocação a líderes para que sigam o exemplo dos Estados Unidos e imponham medidas contra o juiz da Suprema Corte.