EUA aplicam duras sanções contra Alexandre de Moraes, sob Lei Magnitsky

Secretário de Trump justificou a medida acusando Moraes de ameaçar ''os interesses dos EUA'' e as liberdades dos norte-americanos.

O governo Trump estabeleceu nesta quarta-feira (30), sob a Lei Magnitsky, duras sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

''Alexandre de Moraes assumiu a responsabilidade de ser juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas dos EUA e do Brasil", afirmou o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, ao justificar as medidas. O americano acusa o ministro de conduzir uma ''campanha opressiva de censura, prisões arbitrárias que violam os direitos humanos e perseguições politizadas, incluindo a do ex-presidente Jair Bolsonaro''.

"A ação de hoje deixa claro que o Tesouro continuará a responsabilizar aqueles que ameaçam os interesses dos EUA e as liberdades dos nossos cidadãos", concluiu.

As sanções impostas sob a lei Magnistky incluem o congelamento de ativos, bloqueio de contas bancárias e a proibição da entrada nos EUA.

''Há, ainda, a possibilidade da suspensão de contas em redes sociais que tenham sede nos Estados Unidos, como o Google. Isso inclui o bloqueio de acesso a serviços como Gmail, Google Drive, YouTube e Google Pay, mesmo que utilizados no Brasil ou em outros países'', explica o jornal O Globo.

Aliados de Jair Bolsonaro - que recentemente recebeu ordem de Moraes para suspender o uso de redes sociais e usar tornozeleira eletrônica - articulavam há meses, junto a autoridades dos EUA, para que o ministro fosse incluído na Lei Magnitsky.

''Caso continuem apoiando o pseudo-juiz, vamos adicionando dolorosamente novos nomes à lista. Assim, muito muito em breve, estar associado ao Alexandre será uma das coisas mais nocivas que alguém pode fazer com a sua vida'', escreveu o jornalista Paulo Figueiredo na plataforma X.