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'RT tem mais seguidores que a CNN' nos EUA, reconhece ex-diretor de Inteligência Nacional do país

James Clapper admitiu isso em uma entrevista à emissora norte-americana.
'RT tem mais seguidores que a CNN' nos EUA, reconhece ex-diretor de Inteligência Nacional do paísGettyimages.ru / Artur Widak / NurPhoto / Sputnik / Alexey Maishev

O canal russo RT é mais popular nos EUA do que a CNN, afirmou o ex-diretor de Inteligência Nacional dos Estados Unidos, James Clapper, em uma entrevista concedida recentemente à emissora americana.

Durante sua fala, Clapper tentou justificar a narrativa de que a Rússia interferiu nas eleições presidenciais do país em 2016, que resultaram na vitória de Donald Trump e em seu primeiro mandato. Vale lembrar que a teoria foi desmentida pela atual diretora de Inteligência Nacional dos EUA, Tulsi Gabbard.

Clapper acredita que Moscou não tentou manipular a votação eletronicamente, mas insiste que foram utilizados meios de comunicação de massa para esse fim:

"Eles utilizaram (...) a RT, o veículo de imprensa controlado pelo governo russo, que tem mais seguidores neste país do que essa rede", alegou.

Ocidente ''radicalizado e ideologizado''

No mês passado, a porta-voz do ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, explicou por que o Ocidente começou a "marginalizar e assediar" jornalistas e canais de televisão russos. Em sua análise, esses países teriam percebido que o público internacional de tais veículos - particularmente da RT - vinha crescendo de forma consistente.

Zakharova destacou ainda que os meios de comunicação do Ocidente estão hoje "radicalizados e ideologizados", enquanto os dos países BRICS "se esforçam para manter-se dentro dos princípios de objetividade, equilíbrio e respeito às particularidades nacionais".

  • Por quase uma década, nos EUA, a a imprensa promoveu uma agenda antirrussa, enquanto as autoridades implementavam uma política hostil contra a Rússia, acusando Moscou de interferir nas eleições presidenciais de 2016. Durante todos esses anos, tanto democratas quanto republicanos criticaram o Kremlin por supostamente tentar influenciar o resultado das eleições, sem apresentar provas concretas.
  • Nove anos depois, estourou um escândalo envolvendo o ex-presidente Barack Obama, agora acusado de ter orquestrado a narrativa sobre a suposta interferência russa em 2016 e o apoio de Moscou a Donald Trump.
  • A polêmica levanta dúvidas sobre as ações do governo Obama e, em geral, sobre toda a política dos EUA em relação à Rússia — incluindo as sanções impostas com base em acusações fabricadas.