FBI teria encontrado trecho que faltava no último vídeo de Epstein

De acordo com as fontes, o trecho mostra um funcionário não identificado deixando a prisão instantes antes do salto de tempo que gerou suspeitas.

Agentes do FBI teriam recuperado o minuto ausente na gravação de vídeo da noite em que Jeffrey Epstein foi encontrado morto em sua cela, informou o Daily Mail, citando uma fonte próxima à investigação.

Segundo o canal de TV CBS, nesse trecho, um funcionário não identificado, com o cargo de Manipulador de Materiais e de plantão das 16h às 0h, teria finalizado seu turno e, supostamente, deixado a unidade.

Embora, a princípio, não haja indícios de que essa ação tenha ligação direta com os eventos da noite, a ausência desse minuto levanta dúvidas sobre o valor do vídeo para esclarecer o que realmente ocorreu.

No início de julho, o Departamento de Justiça dos EUA divulgou um vídeo de quase 11 horas que, segundo a pasta, "comprovaria" que Epstein se suicidou na cela em uma prisão de Nova York.

As imagens mostram o corredor da cela entre os dias 9 e 10 de agosto de 2019, nas últimas horas de vida do acusado.

A divulgação tinha o objetivo de mostrar que o magnata, acusado de tráfico sexual de menores, permaneceu em sua cela e que ninguém se aproximou do local.

Indícios de edição 

No entanto, o vídeo apresenta um salto de tempo abrupto: o indicador passa de 23h58min59s para 00h00min00s. Esse detalhe alimentou teorias da conspiração de que Epstein não teria cometido suicídio, mas sim sido assassinado para proteger pessoas influentes citadas como seus clientes.

Uma análise do portal WIRED revelou que as gravações foram editadas em diversas ocasiões, apesar de terem sido apresentadas como imagens de vigilância “completamente inalteradas”.

Concluiu-se que o material não é uma exportação direta e contínua do sistema de vigilância, mas um vídeo editado com o software Adobe Premiere Pro.