Notícias

Haddad descarta submissão aos EUA: 'temos que ter segurança que Lula' não vai acabar como Zelensky

"Ou você se dá algum respeito, ou vai virar motivo de chacota'', disparou o ministro.
Haddad descarta submissão aos EUA: 'temos que ter segurança que Lula' não vai acabar como ZelenskyGettyimages.ru / Ton Molina / Horacio Villalobos

Fernando Haddad, ministro da Fazenda do Brasil, comentou nesta terça-feira (29) a postura do governo Lula nas negociações com autoridades americanas sobre as tarifas de 50% anunciadas por Washington contra produtos brasileiros, que devem entrar em vigor em 1° de agosto.

''Você não vai querer que o presidente Lula se comporte como o Bolsonaro se comportava, abanando o rabo e falando 'I Love You', batendo continência. Ele tem um outro tipo de perfil. Se houver uma reunião, um telefonema entre os presidentes, temos que ter a segurança que não vai acontecer com o presidente Lula o que aconteceu com o Zelensky, que passou um papelão na Casa Branca'', disparou em entrevista ao canal CNN Brasil.

''São duas nações soberanas, dois povos representados. Ou você se dá algum respeito, ou vai virar motivo de chacota'', acrescentou logo em seguida. 

Ele destacou que apesar das pressões dos EUA, o Pix não será privatizado, exigindo que os norte-americanos compreendam que a plataforma ''não está concorrendo com quem quer que seja''. ''Nós queremos proteger essas conquistas dos trabalhadores brasileiros, e vamos continuar fazendo isso independente das medidas que vão estar sendo tomadas'', assegurou.

O governo dos EUA monitora o crescimento do Pix desde 2022, e tem manifestado preocupação com o impacto bilionário da plataforma brasileira nas receitas de suas empresas, como Visa, Mastercard e Meta* (detentora do Whatsapp Pay). 

  • Em fevereiro, o líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, protagonizou uma discussão pública com o presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca.
  • Meses depois, o ucraniano viria a assinar um acordo entregando as terras raras de seu país a Washington.

*Classificada na Rússia como uma organização extremista, cujas redes sociais são proibidas em seu território.

ENTENDA O AUMENTO DAS TENSÕES COMERCIAIS ENTRE BRASIL E EUA EM NOSSO ARTIGO.