Trump acusa governo anterior de 'perseguir cristãos' e defende liberdade de fé no serviço público

Memorando da Casa Branca garante liberdade religiosa no ambiente de trabalho federal.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou seu antecessor de ter "adotado um padrão flagrante de perseguir cristãos pacíficos", enquanto anunciou novas diretrizes que reforçam a liberdade de fé no ambiente de trabalho federal. 

As normas, publicadas em memorando da Casa Branca na segunda-feira (28), asseguram o direito de servidores públicos de exibir símbolos religiosos, como Bíblias e crucifixos, e de discutir abertamente suas crenças com colegas, divulgou a imprensa norte-americana. 

Em janeiro, Trump assinou um decreto criando uma força-tarefa dedicada a investigar possíveis casos de preconceito contra cristãos no governo. Segundo ele, a iniciativa busca enfrentar um ambiente de hostilidade religiosa herdado do governo de Joe Biden.

As novas diretrizes, elaboradas pelo Escritório de Gestão de Pessoal, garantem que os funcionários possam participar de expressões religiosas comunitárias e manter objetos de fé em seus espaços de trabalho.

As regras permitem ainda conversas sobre religião, inclusive a defesa ativa das crenças pessoais, desde que essas interações respeitem o desejo de interrupção por parte dos colegas.

"Durante um intervalo, um funcionário pode iniciar uma discussão educada com outro funcionário sobre por que sua fé está correta e por que o não adepto deve repensar suas crenças religiosas", afirma o documento oficial.

O texto acrescenta, no entanto, que as conversas devem ser interrompidas se forem consideradas inconvenientes ou indesejadas.

A Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos garante o direito à liberdade religiosa, protegendo tanto a prática individual da fé quanto a obrigação do Estado de não privilegiar nenhuma crença específica ou a religião como um todo.