Reconhecer o status "irreversível" da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) como um estado com armas nucleares deveria ser um pré-requisito para os Estados Unidos, ao invés de falar sobre a "desnuclearização completa" do país asiático, afirmou Kim Yo-jong, irmã do líder do país, na segunda-feira (28).
Ela também advertiu que os laços pessoais entre seu irmão e o presidente dos EUA, Donald Trump, não devem ser usados para pressionar Pyongyang a renunciar à sua capacidade nuclear.
Em um comunicado publicado pela agência estatal Korean Central News Agency (KCNA) nesta terça-feira (29), Kim Yo-jong, que é diretora adjunta do comitê central do partido, alertou que qualquer diálogo futuro deve ser baseado no "reconhecimento da posição irreversível da RPDC como um estado com armas nucleares".
Outro pré-requisito deve ser a compreensão de que as capacidades de Pyongyang e seu ambiente geopolítico "mudaram radicalmente" em comparação com o primeiro mandato de Trump, que viu uma diplomacia histórica entre os EUA e a Coreia do Norte, acrescentou Kim Yo-jong.
Qualquer esforço para negar essa realidade "será totalmente rejeitado", disse ela, e a Coreia do Norte "está aberta a qualquer opção para defender sua atual posição nacional".
Ela reconheceu que "definitivamente não é benéfico para ambos os países possuírem armas nucleares e seguirem em direção ao confronto".