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Cientistas estão perto de resolver o mistério da Lua

Pesquisadores chineses descobriram novos compostos de titânio em amostras da superfície lunar que poderiam explicar a existência de crateras.
Cientistas estão perto de resolver o mistério da LuaGettyimages.ru / NurPhoto / Contributor

Cientistas chineses do Instituto de Geoquímica de Guiyang e seus colegas de Guangzhou e Macau encontraram dois novos minerais na composição do solo lunar que podem esclarecer como a superfície da Lua adquiriu a aparência de cratera que atualmente tem. 

De acordo com o estudo, publicado na revista Nature Astronomy, os pesquisadores examinaram o solo lunar trazido pela missão Chang'e 5 e encontraram compostos de titânio, incluindo Ti2O, que nunca haviam sido vistos em amostras naturais da Terra. A pesquisa foi realizada com 25 amostras de superfície lunar com forma esférica, que foram observadas com técnicas avançadas de microscopia eletrônica. Em uma das amostras, foi encontrada uma pequena cratera, na qual foram encontrados três minerais que contêm titânio.

Os cientistas sugeriram que esses compostos de titânio poderiam ter se formado como resultado da transição de um gás para um estado sólido sem passar pela fase líquida, o que poderia ter ocorrido devido às constantes colisões de micrometeoritos. De acordo com o estudo, os micrometeoritos, que voavam a velocidades de mais de 20 quilômetros por segundo, bateram contra a superfície lunar e colidiram com um mineral conhecido como 'ilmenita', que contém ferro, titânio e oxigênio, desencadeando o surgimento de novos compostos.

"Sabe-se que os impactos de micrometeoritos desempenham um papel fundamental na alteração da paisagem lunar, mas não se sabia como essas transformações ocorriam", segundo o estudo. Além disso, os pesquisadores observaram que os resultados fornecem "novas pistas sobre os processos de meteorização na Lua e outros corpos planetários sem ar do sistema solar, como Mercúrio e os asteróides".