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Cientistas detectam objeto espacial 'hostil' que pode atacar a Terra em novembro

Um grupo de pesquisadores afirma que o objeto descoberto em julho pode ser uma nave extraterrestre e atacar a Terra em novembro.
Cientistas detectam objeto espacial 'hostil' que pode atacar a Terra em novembro

Em novembro, a Terra pode ser atacada por um objeto intergaláctico "hostil", de acordo com um estudo publicado por um grupo de pesquisadores do Reino Unido e da Universidade de Harvard nos EUA.

O objeto em questão é uma formação interestelar chamada 3I/ATLAS, descoberta no dia 1º de julho, que está se aproximando do Sol a uma velocidade de 210 mil quilômetros por hora. Conforme observações preliminares, acredita-se que possa ser um cometa com aproximadamente 24 quilômetros de diâmetro.

Os pesquisadores autores do estudo também sugerem que o objeto possa ser uma nave espacial. Essa hipótese é apoiada pela sua velocidade, significativamente maior do que a de objetos semelhantes, e pela excentricidade de sua órbita. "As consequências, se essa hipótese estiver correta, podem ser potencialmente devastadoras para a humanidade", afirmam.

"Isso poderia ser uma tentativa de evitar observações detalhadas a partir de telescópios terrestres quando o objeto estiver mais brilhante ou até mesmo para artefatos que sejam enviados à Terra a partir desse ponto oculto", destacou um dos autores, Avi Loeb, em seu blog.

O cientista afirmou que, se o objeto for realmente uma nave, isso poderia confirmar a "hipótese da Floresta Escura" do Paradoxo de Fermi, segundo a qual a humanidade ainda não detectou sinais de civilizações extraterrestres porque estes permanecem ocultos para se proteger de possíveis predadores ou para se tornarem os caçadores.

Loeb adverte que, segundo essa teoria, um ataque é provável e "pode exigir a adoção de medidas defensivas". No entanto, o próprio autor reconhece que sua ideia pode ser errônea. "O cenário mais provável é que 3I/ATLAS seja um objeto interestelar completamente natural, provavelmente um cometa", declarou.

O artigo científico, que ainda não fora revisado por pares, causou controvérsia na comunidade científica, que reclama que tais teorias absurdas distraem o trabalho sério dos pesquisadores: "Qualquer sugestão de que se trata de algo artificial é uma bobagem para chamar atenção e um insulto ao promissor trabalho em andamento para a compreensão deste objeto", declarou Chris Lintott, astrônomo da Universidade de Oxford que também participa das observações do 3I/ATLAS.