As recentes críticas do empresário e bilionário Elon Musk contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), a quem acusa de "exigir censura no Brasil", gerou comentários no mundo político no país.
Os ministros da Secom (Secretaria de Comunicação Social) e das Comunicações, Paulo Pimenta e Juscelino Filho, abordaram no último domingo (7 de abril de 2024) a inclusão de Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), no inquérito das milícias digitais, determinada por Alexandre de Moraes. Os representantes do Governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mencionaram a importância da "soberania" em suas declarações.
A deputada federal Gleisi Hoffmann, presidente do PT, criticou as declarações feitas por Elon Musk. Em seu perfil no X, Hoffmann destacou que as palavras do empresário representam uma ameaça à soberania brasileira e devem ser fortemente rejeitadas. Ela ressaltou que ao criticar o ministro do Supremo, Musk está colocando em risco o estado de direito democrático e as instituições do Brasil.
O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, declarou que o bilionário "não tem qualquer moral" para falar em democracia e que está em sintonia com aqueles que participaram da invasão ao Capitólio nos EUA no dia 6/1/2021, e da tomada da Praça dos Três Poderes no Brasil no dia 8/1/2023.
O advogado-geral da União, Jorge Messias, expressou seu apoio à necessidade de regulamentação das redes sociais.
O que disse a oposição
No domingo (07), o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que o proprietário do X está "lutando pela liberdade no Brasil". Durante uma transmissão ao vivo ao lado de seus filhos Eduardo e Carlos, Bolsonaro elogiou o bilionário por sua postura.
"A nossa liberdade, em grande parte, está nas mãos deles. A ação que ele está exercendo. O que ele tem falado. Não tem se intimidado. Tem dito que vai botar para frente essa ideia de lutar por liberdade, por nosso país. Ainda bem, né?".
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) compartilhou a postagem de Musk sugerindo que o ministro do STF deveria renunciar ou enfrentar um processo de impeachment. Ela também menciona que Moraes "deveria sentir vergonha" de sua conduta como magistrado.
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) postou um tweet promovendo a hashtag e defendendo a "liberdade de expressão" no país.