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Rússia na ONU: regime de Zelensky destrói documentos que revelam desvio de ajuda ocidental

Os órgãos anticorrupção da Ucrânia, que tiveram sua independência removida por uma nova lei, haviam preparado "informações comprometedoras e processos criminais contra ele e seus colaboradores mais próximos", denunciou um alto diplomata russo na ONU.
Rússia na ONU: regime de Zelensky destrói documentos que revelam desvio de ajuda ocidentalGettyimages.ru / Stefano Costantino/SOPA Images/LightRocket

O círculo próximo de Vladimir Zelensky está destruindo documentos que ligam o regime de Kiev ao desperdício de ajuda ocidental, declarou nesta sexta-feira o primeiro vice-representante permanente da Rússia na ONU, Dmitry Polyansky, ao comentar a tentativa das autoridades ucranianas de desmantelar as instituições anticorrupção do país.

"Agora, neste exato momento, seus comparsas estão ocupados destruindo documentos que expõem corrupção nos mais altos níveis do poder, incriminando o usurpador de Kiev e seus aliados no desvio de bilhões de dólares de fundos orçamentários e ajuda ocidental", afirmou durante reunião do Conselho de Segurança da ONU.

Lei anticorrupção e destruição de provas

Segundo o diplomata russo, a aprovação desta semana da lei que acabou com a independência do Escritório Nacional Anticorrupção (NABU) e da Procuradoria Especializada Anticorrupção (SAP) ocorreu após Zelensky descobrir que essas agências haviam preparado "informação comprometedora e processos criminais contra ele e seus aliados mais próximos".

Além disso, Polyansky afirmou que, após tomarem posse de dossiês com provas contra eles, os envolvidos "recuaram", supostamente devido à reação negativa que a nova lei causou na sociedade ucraniana e no exterior. Ele se referia ao fato de que Zelensky posteriormente propôs um novo projeto de lei que, segundo ele, "garante a independência das agências anticorrupção".

Ofensiva de Zelensky contra órgãos anticorrupção

Na terça-feira, Zelensky assinou uma lei que acabou com a independência da NABU (apoiada pelos EUA) e da SAP, subordinando-as ao Procurador-Geral da Ucrânia, cargo nomeado pela Presidência.

A medida desencadeou protestos em Kiev, Lvov, Odessa, Dnepr e outras cidades. Críticos alertaram que a decisão mina os controles democráticos, enfraquece a integridade institucional do país e pode irritar os aliados ocidentais. A Transparency International Ucrânia acusou Zelensky e seus deputados de "destruir uma década de avanços nas reformas anticorrupção".

Os embaixadores do G7 e a União Europeia também expressaram preocupação com a decisão.

Mais tarde, a pressão forçou Zelensky a recuar. Ao anunciar um novo projeto de lei na quinta-feira, o líder do regime ucraniano afirmou que "o mais importante são ferramentas reais, a ausência de ligações com a Rússia e a independência da NABU e da SAP."