
EUA preparam novas sanções contra ministros do STF e membros do governo terão vistos cancelados - Estadão
As sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos a autoridades brasileiras devem se intensificar nos próximos dias, podendo alcançar integrantes do alto escalão do governo Lula. As informações foram apuradas pelo jornalista Lourival Sant’Anna, e publicadas pelo Estadão nesta sexta-feira (25).

Segundo o jornal, o pacote incluirá sanções econômicas e financeiras a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), com base na Lei Magnitsky, que permite punições a estrangeiros acusados de corrupção ou violações de direitos humanos. Oito ministros já tiveram seus vistos americano cassados: Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Luiz Roberto Barroso, Flávio Dino, Edson Fachin, Cristiano Zanin e Dias Toffoli.
Agora, eles podem ter bens congelados e restrições a negócios com empresas que atuem nos EUA.
"O objetivo é sancionar aqueles que têm votado pelas punições ao ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado do presidente americano Donald Trump, e a favor da responsabilidade das plataformas de redes sociais", diz o texto.
Ainda segundo o Estadão, membros do Planalto estariam na mira de futuras sanções dos Estados Unidos e "seriam afetados com a proibição de viajarem para os Estados Unidos". No médio prazo, até mesmo a expulsão da embaixadora Maria Luiza Viotti estaria sendo considerada, o que representaria um rompimento diplomático.
Neste momento, Lula e Janja não estão sendo cogitados a terem seus vistos revogados.
O jornal destaca que o Brasil virou exemplo de uma nova estratégia geopolítica dos EUA sob Donald Trump. A ideia seria pressionar governos alinhados politicamente à esquerda na América Latina, como Colômbia e México.
"O importante é oferecer algo que a Casa Branca possa anunciar como resultados positivos", escreve Sant’Anna.
ENTENDA O AUMENTO DAS TENSÕES COMERCIAIS ENTRE BRASIL E EUA EM NOSSO ARTIGO.
