O que a ex-companheira e cúmplice de Epstein disse em seus novos interrogatórios?

Ghislaine Maxwell foi "questionada sobre qualquer coisa que você possa imaginar", disse seu advogado, David Markus.

Ghislaine Maxwell, ex-companheira do financista bilionário Jeffrey Epstein, acusado por tráfico sexual de menores, foi interrogada duas vezes nesta semana pelo procurador assistente dos EUA, Todd Blanche.

Desde 2021, Maxwell cumpre uma pena de 20 anos de prisão por ter conspirado, ao longo de quase uma década, com o bilionário Jeffrey Epstein para facilitar seus crimes sexuais.

Segundo seu advogado, David Markus, ela tem colaborado com as autoridades na tentativa de obter um perdão presidencial ou a comutação de sua pena pelo presidente Donald Trump.

Sobre o interrogatório de quinta-feira (24), o advogado afirmou que sua cliente cooperou integralmente, e que essa foi a primeira oportunidade que ela teve de falar. "A verdade sobre o que aconteceu com o Sr. Epstein virá à tona, e ela é quem está respondendo a essas perguntas", disse Markus. 

Na reunião desta sexta-feira (25), segundo Markus, ela manteve a mesma postura colaborativa. "Eles perguntaram sobre qualquer coisa que você possa imaginar", afirmando que a traficante sexual condenada deu aos funcionários do Departamento de Justiça informações sobre "100 pessoas diferentes" ligadas a Epstein.

Aos 63 anos, a britânica é, até hoje, a única pessoa condenada pelos abusos ligados à rede mantida por Epstein, que foi encontrado morto em sua cela, em Nova York, em agosto de 2019, enquanto aguardava julgamento.

"Algo que não pensei"

Embora não haja confirmação oficial de que os novos interrogatórios tenham como objetivo avaliar a concessão de perdão presidencial a Ghislaine Maxwell, a imprensa questionou Donald Trump sobre o tema.

Em resposta, Trump afirmou nesta sexta que comutar a sentença da ex-sócia de Epstein, é algo em que não havia cogitado, mas ressaltou que possui autoridade para isso. Sobre a possibilidade, o advogado David Markus declarou que sua cliente espera que o presidente "exerça esse poder de forma correta e justa".