Rússia convoca reunião do Conselho de Segurança da ONU para discutir impasse ucraniano

A Rússia solicitou uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas para o dia 31 de julho, visando "discutir ações que prejudicam a busca por soluções diplomáticas para o conflito ucraniano, incluindo tentativas de atrapalhar as negociações diretas entre a Rússia e a Ucrânia em Istambul", conforme comunicou o vice-representante permanente russo na ONU, Dmitry Polyanskiy, nesta sexta-feira.

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Moscou mantém confiança na via diplomática para a resolução do conflito que se estende desde 2022. No entanto, Polyanskiy criticou o contínuo envio de armamentos ao território ucraniano. Segundo ele, o financiamento de armas por parte da OTAN e dos EUA compromete os esforços diplomáticos e visa enfraquecer a Rússia, transformando a Ucrânia em um campo de batalha do Ocidente.

"Quanto mais vocês fornecerem material militar ao regime de Kiev, mais intensos serão nossos ataques. Não é uma escolha nossa; há muito tempo propomos a solução diplomática da crise. Mas vocês não estão satisfeitos com isso, enquanto vocês estão prontos para continuar preferem continuar lutando contra a Rússia pelas mãos dos ucranianos", afirmou Polyanskiy durante reunião do Conselho de Segurança.

A terceira rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia foi realizada em 23 de julho no Palácio Chiragan, Istambul, em reunião fechada que durou cerca de uma hora. O chefe da delegação russa, Vladimir Medinsky, assessor do presidente Vladimir Putin, expressou esperança em uma quarta rodada de diálogos.

Visando otimizar custos e acelerar o processo, a Rússia propôs a criação de três grupos de trabalho que realizarão negociações por videoconferência, buscando dar continuidade às tratativas de forma virtual.