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Obama quebra silêncio e responde às acusações de Trump sobre Russiagate.

A resposta vem após Trump ser questionado por repórteres sobre o caso Epstein, passando a acusar Obama como forma de desviar o assunto.
Obama quebra silêncio e responde às acusações de Trump sobre Russiagate.Gettyimages.ru / Meg Oliphant

O gabinete do ex-presidente Barack Obama emitiu uma resposta extraordinariamente forte a Donald Trump depois que o atual mandatário o acusou de "traição" e de agir para manipular as eleições de 2016 e 2020, relata a NBC na quinta-feira (23).

"Por respeito à Presidência, nosso Gabinete não costuma dar uma resposta às constantes bobagens e desinformações que emanam desta Casa Branca", disse o porta-voz do ex-presidente, Patrick Rodenbush. "Mas essas alegações são absurdas o suficiente para justificá-las. Essas acusações absurdas são ridículas e uma tentativa fraca de distração", acrescentou.

Os comentários do porta-voz de Obama vêm após Trump ter sido questionado sobre o caso do falecido Jeffrey Epstein, ao que o presidente desviou a conversa e passou a acusar Obama: "Depois do que fizeram comigo […] é hora de ir atrás deles. Obama foi pego em flagrante", disse.

Trump também acusou o ex-presidente de tentar "roubar" a eleição, afirmando: "Isso foi traição. Foi tudo o que você possa imaginar." Trump respalda suas alegações nas declarações de sua Diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, que sugeriu que autoridades do governo Obama manipularam informações de inteligência para minar a legitimidade da vitória de Trump no pleito de 2016.

A suposta influência da Rússia

Rodenbush também afirmou que nada nos documentos citados por Gabbard contradiz que, segundo ele, a Rússia "tentou influenciar" as eleições de 2016 embora não tenha conseguido "manipular os votos".

Tais acusações foram descritas pela Rússia como infundadas, enquanto o presidente do país, Vladimir Putin, as chamou de "histeria". "Alguém realmente acha que a Rússia pode influenciar as eleições do povo americano? Os EUA são uma espécie de república das bananas?" disse o presidente na época.

O Departamento de Justiça dos EUA chegou a anunciar a formação de uma "força de combate" (Strike Force) para avaliar as ações de Obama em relação a essa suposta conspiração contra Trump.