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Hungria: 'A adesão da Ucrânia significaria guerra na UE'

De acordo com o Ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjártó, a situação atual no país vizinho "enfraqueceria consideravelmente" o bloco.
Hungria: 'A adesão da Ucrânia significaria guerra na UE'AP / Petros Giannakouris

A Ucrânia não deve ingressar na União Europeia (UE) porque sua adesão, em vez de fortalecer o bloco, traria consigo os efeitos da guerra, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjártó. Em entrevista à CNN, o chanceler reiterou a firme oposição do governo húngaro à entrada da Ucrânia no bloco europeu.

Szijjártó sustentou sua posição com base em dois argumentos centrais. O primeiro é que toda ampliação da União Europeia deve ter como objetivo principal o fortalecimento da própria entidade. "A Ucrânia definitivamente não fortalecerá a UE, pelo contrário. Um país em guerra importaria a guerra para a UE, algo que não queremos", declarou. Ele ainda acrescentou que, em sua avaliação, a situação atual da Ucrânia "enfraqueceria bastante a União Europeia".

Em segundo lugar, o ministro criticou veementemente as propostas da Comissão Europeia de destinar um amplo pacote de apoio financeiro à Ucrânia, estimado em mais de 300 bilhões de euros (cerca de US$ 354 bilhões) ao longo dos próximos anos. Para ele, a iniciativa é "injusta" e "inaceitável" do ponto de vista húngaro. "Não queremos que o dinheiro dos contribuintes húngaros vá para a Ucrânia", ressaltou.

Diante desse cenário, Szijjártó foi categórico: "Portanto, nas circunstâncias atuais, definitivamente não apoiamos a adesão da Ucrânia à União Europeia".

  • A Hungria já manifestou diversas vezes sua oposição à entrada da Ucrânia tanto na União Europeia quanto na OTAN. Em junho, o primeiro-ministro Viktor Orbán divulgou os resultados do referendo Voks 2025, organizado por seu governo, no qual uma expressiva maioria de 95% dos húngaros se posicionou contra o apoio à adesão da Ucrânia, enquanto apenas 5% se declararam favoráveis.