
Acusados são ouvidos em nova fase de interrogatórios da trama golpista orquestrada por Bolsonaro

Conforme informado pela mídia, o núcleo 2 é chamado de "núcleo operacional" da trama golpista, e o núcleo 4 é conhecido como o "núcleo de desinformação".
Alguns integrantes dos grupos são Filipe Martins, ex-assessor de assuntos internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro, Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal e Mário Fernandes, general do Exército na reserva e ex-número dois da Secretaria Geral da Presidência.

Os seis réus que formavam o núcleo 2 são acusados de elaborar a chamada "minuta do golpe", bem como monitorar o ministro Alexandre de Moraes e ações articuladas com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para dificultar o voto dos eleitores do Nordeste nas eleições de 2022.
Segundo a acusação, Filipe Martins supostamente apresentou os “fundamentos jurídicos” ao alto escalonamento das Forças Armadas na reunião em 7 de dezembro de 2022 e atuou na elaboração do texto da minuta golpista para decretação de Estado de Sítio no país.
O servidor da Secretaria-Geral da Presidência sob Bolsonaro, Mário Fernandes, teria, segundo a Procuradoria Geral da República, participado do plano "Punhal Verde e Amarelo", uma tentativa de matar Lula, seu vice-presidente, Geraldo Alckmin, e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Outro acusado é o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, que segundo a Procuradoria haveria ordenado a operação que dificultou o fluxo de delegados em locais de base eleitoral lulista, principalmente no Nordeste, no segundo turno da eleição de 2022.
A PGR acusa também os sete membros do núcleo 4, que teriam espalhado notícias falsas e desinformação com o objetivo de criar desconfiança nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral, construindo clima social benéfico ao golpe. Entre os acusados estão Ailton Gonçalves Moraes Barros (major da reserva do Exército), Ângelo Martins Denicoli, também major da reserva, Marcelo Araújo Bormevet, policial federal, e Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal.
Os interrogatórios serão transmitidos ao vivo pela TV Justiça, assim como ocorreu com os réus do núcleo 1, o chamado “núcleo crucial”, onde também figura como integrante o ex-presidente Jair Bolsonaro.


