Temer condena sanções dos EUA e pede diálogo para resolver crise diplomática

O ex-presidente lamentou a decisão dos Estados Unidos de revogar os vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal.

O ex-presidente Michel Temer divulgou nesta quarta-feira (23) um vídeo nas redes sociais em que se manifesta sobre a crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos. Ele condenou a taxação de produtos brasileiros e o cancelamento de vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), classificando as medidas como "injustificáveis e inadmissíveis".

"Digo isso profundamente entristecido com a taxação despropositada imposta aos nossos produtos e pela lamentável eliminação de vistos dos ministros da Suprema Corte", declarou.

Temer destacou que, apesar da gravidade da situação, "não se resolvem com bravatas, com ameaças, com retruques, com agressões" os impasses entre nações, mas sim por meio do diálogo.

O ex-chefe de Estado ressaltou que qualquer reação do Brasil às medidas dos Estados Unidos deve estar alinhada aos tratados internacionais e à Constituição do país.

"Na turbulência, mais do que nunca, é que devemos buscar entendimento, construir consenso, buscar convergências, buscar união, respirar respeito. É isso que mantém a democracia viva e o país soberano", afirmou.

Para ele, a interlocução deve acontecer principalmente entre os líderes dos países, podendo contar com o auxílio da diplomacia e o contato entre parlamentos. Ele reconheceu que o processo pode ser difícil, mas ressaltou a necessidade de promover tentativas.

O ex-presidente alertou para a importância do bom senso e da estratégia, evitando que a situação entre Brasil e Washington se transforme em um conflito desordenado, tanto entre países quanto entre brasileiros.

Para Temer, o momento exige maturidade institucional. "Vivemos um momento em que a ação responsável e a experiência não podem ser esquecidas. Devemos agir e reagir como a nação livre e soberana que somos, sem excessos de ambas as partes", concluiu.

ENTENDA O AUMENTO DAS TENSÕES COMERCIAIS ENTRE BRASIL E EUA EM NOSSO ARTIGO.