![Alto funcionário da OTAN diz que não há "ameaça direta" da Rússia](https://mf.b37mrtl.ru/brmedia/images/2024.03/original/6608085559bf5b5fc844a864.jpg)
Ex-presidente russo: "Não faça prisioneiros da OTAN"!
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O ex-presidente russo e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, disse na quinta-feira que se a OTAN enviasse tropas para a Ucrânia, o Exército russo as consideraria inimigas.
Medvedev explicou que, ao entrar na Ucrânia, os soldados da OTAN teriam que seguir as ordens das tropas do regime de Kiev, o que significaria que "eles se tornariam parte das forças regulares que agora lutam contra a Rússia". "É por isso que eles só podem ser tratados como inimigos", afirmou.
Além disso, destacou que, ao contrário dos "desafortunados ucranianos", os soldados da OTAN "não foram forçados a ir para a guerra". "Não façam prisioneiros! E para cada combatente da OTAN morto, explodido ou queimado, deve haver uma recompensa máxima", propôs o oficial. A Aliança "faz todo mundo de bobo" quando afirma que suas tropas não participarão diretamente das operações militares ucranianas, comentou.
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"Nossos amigos da OTAN têm um novo mantra. Agora eles dizem coletivamente que a intervenção na 'Ucrânia' não está nos planos. Apenas algumas tropas entrarão em uma área próxima a Lvov e talvez Kiev para aliviar o Exército ucraniano. Mais ou menos, realizando tarefas domésticas e organizacionais, treinando e levando forças especiais de elite para alguns lugares. Nada mais", escreveu Medvedev, que acredita que as declarações da Aliança destinam-se a tranquilizar a população de seus Estados-membros e a convencer Moscou de que a OTAN não quer "entrar em guerra" com a Rússia.
"Confronto direto"
Enquanto isso, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou em uma coletiva de imprensa na quinta-feira que as relações entre a Rússia e a OTAN "realmente caíram para um nível de confronto direto".
O porta-voz enfatizou que a Aliança Atlântica está envolvida no conflito na Ucrânia e continua avançando em direção às fronteiras da Federação Russa. "Os países da OTAN, a Aliança em si, já não é algo que está continuamente aumentando [as tensões], mas já está envolvida no conflito em torno da Ucrânia", ressaltou o porta-voz.
No mesmo dia, o ministro das Relações Exteriores da Polônia, Radoslaw Sikorski, anunciou que a OTAN havia decidido criar uma missão especial dedicada à Ucrânia, acrescentando que "isso não significa que entraremos em guerra". Segundo Sikorski, essa iniciativa "usará os recursos da Aliança para coordenação, treinamento e planejamento para apoiar a Ucrânia de forma mais coordenada".