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Ex-presidente russo: "Não faça prisioneiros da OTAN"!

O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, afirmou que a Aliança "faz o mundo inteiro de bobo" ao declarar que suas tropas não estarão diretamente envolvidas em operações militares na Ucrânia.
Ex-presidente russo: "Não faça prisioneiros da OTAN"!Sputnik / Pavel Bednyakov

O ex-presidente russo e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, disse na quinta-feira que se a OTAN enviasse tropas para a Ucrânia, o Exército russo as consideraria inimigas.

Medvedev explicou que, ao entrar na Ucrânia, os soldados da OTAN teriam que seguir as ordens das tropas do regime de Kiev, o que significaria que "eles se tornariam parte das forças regulares que agora lutam contra a Rússia". "É por isso que eles só podem ser tratados como inimigos", afirmou.

Além disso, destacou que, ao contrário dos "desafortunados ucranianos", os soldados da OTAN "não foram forçados a ir para a guerra". "Não façam prisioneiros! E para cada combatente da OTAN morto, explodido ou queimado, deve haver uma recompensa máxima", propôs o oficial. A Aliança "faz todo mundo de bobo" quando afirma que suas tropas não participarão diretamente das operações militares ucranianas, comentou.

"Nossos amigos da OTAN têm um novo mantra. Agora eles dizem coletivamente que a intervenção na 'Ucrânia' não está nos planos. Apenas algumas tropas entrarão em uma área próxima a Lvov e talvez Kiev para aliviar o Exército ucraniano. Mais ou menos, realizando tarefas domésticas e organizacionais, treinando e levando forças especiais de elite para alguns lugares. Nada mais", escreveu Medvedev, que acredita que as declarações da Aliança destinam-se a tranquilizar a população de seus Estados-membros e a convencer Moscou de que a OTAN não quer "entrar em guerra" com a Rússia.

"Confronto direto"

Enquanto isso, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou em uma coletiva de imprensa na quinta-feira que as relações entre a Rússia e a OTAN "realmente caíram para um nível de confronto direto".

O porta-voz enfatizou que a Aliança Atlântica está envolvida no conflito na Ucrânia e continua avançando em direção às fronteiras da Federação Russa. "Os países da OTAN, a Aliança em si, já não é algo que está continuamente aumentando [as tensões], mas já está envolvida no conflito em torno da Ucrânia", ressaltou o porta-voz.

No mesmo dia, o ministro das Relações Exteriores da Polônia, Radoslaw Sikorski, anunciou que a OTAN havia decidido criar uma missão especial dedicada à Ucrânia, acrescentando que "isso não significa que entraremos em guerra". Segundo Sikorski, essa iniciativa "usará os recursos da Aliança para coordenação, treinamento e planejamento para apoiar a Ucrânia de forma mais coordenada".