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EUA acusam a China de inundar os mercados mundiais com produtos baratos

A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, enfatizou que a capacidade de produção da China excede significativamente não apenas a demanda doméstica, mas também a do mercado global.
EUA acusam a China de inundar os mercados mundiais com produtos baratosAP / Andy Wong

A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen disse durante um evento da Câmara de Comércio dos EUA na cidade de Guangzhou, no sul da China, nesta sexta-feira, que a China produz mais produtos do que seu mercado pode consumir, acusando as autoridades chinesas de subsidiar a produção excessiva.

Segundo a funcionária, a capacidade da produção chinesa "excede muito" a demanda interna da China, bem como "o que o mercado global pode suportar". Ao mesmo tempo, Yellen indicou que estava ciente de que o apoio do governo aos produtores chineses pelas autoridades se deve aos objetivos de desenvolver a economia nacional. Ela também explicou que o excesso de produção leva a "exportações a preços reduzidos".

Nesse contexto, a secretária ofereceu uma solução para o problema do superprodução, que, em sua opinião, também ajudará a China a alcançar um forte crescimento econômico. "Acho que é do interesse da China abordar o excesso de capacidade e, de forma mais ampla, considerar reformas baseadas no mercado", disse Yellen, observando que as reformas de mercado da China estimularam seu crescimento econômico no passado.

Além disso, Yellen enfatizou que os fabricantes norte-americanos e de outros países enfrentam concorrência injusta no mercado chinês, pois não têm o mesmo acesso ao mercado e subsídios que as empresas chinesas. A funcionária acusou a China de "práticas econômicas injustas, como a imposição de barreiras à entrada de empresas estrangeiras e a adoção de medidas coercitivas contra empresas dos EUA". "Acredito firmemente que isso não apenas prejudica essas empresas norte-americanas, mas o fim dessas práticas injustas beneficiaria a China, melhorando o clima de negócios no país", ressaltou.

Enquanto isso, na semana passada, o presidente da China, Xi Jinping, reuniu-se em Pequim com líderes empresariais e acadêmicos dos EUA, enfatizando os benefícios que ambos os países terão o desenvolvimento de laços econômicos e maior cooperação bilateral. A reunião ocorreu no momento em que Pequim busca atrair investimentos do exterior e fortalecer sua economia.