
Trump acusa Obama e Biden de arquitetarem conspiração sobre interferência russa em 2016

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, acusou na última segunda-feira (21), seu antecessor, Barack Obama, de orquestrar um complô sobre a suposta interferência russa na eleição presidencial de 2016. Trump, que venceu a então candidata democrata Hillary Clinton, afirmou ainda que o ex-vice-presidente Joe Biden também participou da conspiração contra sua campanha.

"O próprio Obama fabricou a farsa da Rússia, Rússia, Rússia. Hillary, a corrupta, Joe Sonolento e muitos outros participaram disso. Crime do Século! Provas irrefutáveis. Uma grave ameaça ao nosso país!" escreveu Trump em sua própria rede social.
Embora não tenha oferecido nenhuma evidência em sua mensagem, seus comentários foram feitos depois que a diretora de Inteligência Nacional dos EUA, Tulsi Gabbard, prometeu no último domingo (19) fazer "tudo o que puder" para processar Obama e todos os responsáveis pelo chamado "Russiagate" contra Trump.
"Os responsáveis, não importa o quão poderosos sejam ou fossem na época, não importa quem estava envolvido na criação dessa conspiração traiçoeira contra o povo americano, todos devem ser responsabilizados", insistiu Gabbard, reiterando que todas as evidências coletadas serão fornecidas ao Departamento de Justiça dos EUA. "Deve haver indiciamentos", insistiu.
"Evidências esmagadoras"
Na última sexta-feira (18), Gabbard desclassificou documentos que, segundo ela, continham "evidências esmagadoras". O material mostraria como Obama e sua equipe de segurança nacional divulgaram informações falsas para acusar a Rússia de interferir nos comícios após a vitória de Trump sobre Hillary Clinton nas eleições presidenciais de 2016.
De acordo com a divulgação, autoridades de Obama vazaram declarações falsas para veículos de comunicação, incluindo o The Washington Post. Além disso, os arquivos indicam que, nos meses que antecederam a eleição, a comunidade de inteligência avaliou que a Rússia não estava tentando interferir na eleição presidencial.
No entanto, após a vitória de Trump, a Casa Branca convocou os altos escalões do Conselho de Segurança Nacional e encomendou, a pedido do então presidente Obama, uma nova avaliação focada nas "ferramentas que Moscou usou [...] para influenciar as eleições de 2016".
Em 2018, o Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes dos EUAencerrou a investigação sobre a suposta interferência russa sem encontrar evidências.
A Rússia tem consistentemente descrito tais acusações como infundadas, enquanto o presidente Vladimir Putin as chamou de "histeria".
"Alguém realmente acha que a Rússia pode influenciar as escolhas do povo americano? Os EUA são uma espécie de 'república das bananas'?" disse o presidente na época.

