O Comitê de Investigação da Federação da Rússia declarou nesta sexta-feira que as informações obtidas dos telefones dos terroristas revelaram uma ligação entre o atentado à Crocus City Hall e o conflito na Ucrânia.
A chefe de imprensa do Comitê, Svetlana Petrenko, afirmou que os investigadores obtiveram "dados significativos" sobre as circunstâncias da preparação do crime a partir de telefones que os agressores queriam destruir.
O exame dos telefones revelou que a sala de concertos foi escolhida como alvo do organizador do ataque, que dirigiu as ações dos terroristas. Também foi informado que, em 24 de fevereiro de 2024, coincidindo com o aniversário do início da operação militar especial, um dos cúmplices, sob as instruções do organizador, "encontrou capturas de tela de imagens das entradas do prédio do Crocus City Hall e das estradas de acesso ao prédio em recursos da Internet e as enviou" ao organizador. O acusado confirmou todas essas informações em seu depoimento.
"Além disso, imagens fotográficas de pessoas uniformizadas enroladas em uma bandeira ucraniana em frente a prédios destruídos e um selo postal ucraniano com um gesto obsceno foram encontrados no telefone do terrorista", detalhou Petrenko, acrescentando que as informações encontradas "podem indicar uma conexão entre o ato terrorista cometido e a operação militar especial".
A chefe de imprensa também observou que as investigações sobre o ataque continuam e que medidas operacionais estão sendo tomadas para verificar o envolvimento de membros dos serviços especiais ucranianos e de organizações terroristas islamistas internacionais na organização e no financiamento do ataque terrorista.
- Em 22 de março, quatro pessoas com roupa de camuflagem e armadas com fuzis invadiram a sala de concertos do Crocus City Hall e abriram fogo contra os presentes. Os terroristas também usaram um líquido inflamável para incendiar o local, onde havia espectadores.
- Pelo menos 145 pessoas foram mortas no ataque terrorista, incluindo seis crianças.
- Os quatro terroristas e vários de seus supostos cúmplices foram presos enquanto aguardam julgamento.