O pen drive recolhido no banheiro da residência do ex-presidente, Jair Bolsonaro, em Brasília, não trouxe informações relevantes ao inquérito que apura suposta tentativa de interferência no sistema judiciário.
A análise do dispositivo foi concluída por peritos da Polícia Federal, e segundo informações publicadas pelo jornal O Globo, o conteúdo foi avaliado como sem utilidade para a investigação.
O material foi apreendido no âmbito de uma operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que envolve o Bolsonaro e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Ambos são investigados por supostos atos de coação institucional.
Bolsonaro afirmou desconhecer a existência do pen drive. Segundo declarou na última sexta-feira (18), o objeto teria sido manipulado por uma terceira pessoa que utilizou o banheiro da casa. "Nunca abri um pen drive na minha vida. Eu não tenho nem laptop em casa para mexer com pen drive", afirmou.
A investigação segue em andamento. Outros itens foram apreendidos no mesmo dia, entre eles um celular pessoal de Bolsonaro, cuja perícia ainda não foi finalizada. De acordo com os investigadores, o processo de extração de dados armazenados em nuvem pode levar mais tempo. A expectativa é que o aparelho contenha registros considerados potencialmente úteis ao inquérito.
Também foram recolhidos 14 mil dólares em espécie, R$ 8 mil em dinheiro nacional e uma cópia impressa de uma ação judicial protocolada nos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes.
A petição, apresentada por meio da plataforma de vídeos Rumble, alega censura e conta com apoio do Trump Media & Technology Group, conglomerado de comunicação vinculado ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.