
Presidentes do Brasil, Espanha, Chile, Colômbia e Uruguai escrevem: 'Não cabe imobilismo nem medo'

Na véspera do encontro de alto nível "Democracia Sempre", que aconteceu nesta segunda-feira (21) em Santiago, cinco presidentes progressistas — Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Pedro Sánchez (Espanha), Gabriel Boric (Chile), Gustavo Petro (Colômbia) e Yamandú Orsi (Uruguai) — divulgaram no último sábado (19) um artigo conjunto com uma mensagem clara: "não cabe imobilismo nem medo" diante das ameaças à democracia.

No texto, os líderes alertaram para o avanço do autoritarismo, a erosão das instituições, a desinformação e a desigualdade. Eles defenderam que a única resposta possível é mais democracia renovada, fortalecida e participativa.
"Não basta evocar a democracia nem falar em seu nome: devemos torná-la significativa para quem sente que suas promessas não foram cumpridas", disseram os presidentes.
Para os mandatários, é preciso agir com esperança e responsabilidade para garantir que a democracia siga sendo um caminho viável frente aos desafios atuais, como a crise climática e os impactos da inteligência artificial.
União progressista e ação concreta
O encontro "Democracia Sempre" foi descrito como um passo além da reunião realizada por Brasil e Espanha durante a Assembleia Geral da ONU em 2023. Agora, o objetivo é transformar a defesa da democracia em ação concreta, envolvendo não só governos, mas também sociedade civil, juventudes e centros de pensamento.
Os líderes destacaram que a democracia precisa ir além de gestos simbólicos. Ela exige reformas estruturais, combate à desigualdade e fortalecimento do multilateralismo. "Defender a democracia não é apenas resistir, é propor e seguir avançando", concluíram.
