China avisa que dará resposta dura a sanções da UE e denuncia bloco por prejudicar diálogo

A China prometeu reagir com firmeza ao novo pacote de sanções da União Europeia contra a Rússia, que inclui penalidades a empresas e instituições financeiras chinesas. A resposta foi divulgada nesta segunda-feira (21) pelo Ministério das Relações Exteriores chinês.

China resiste às tarifas de Trump com crescimento de 5,2% no segundo trimestre

Segundo o governo chinês, a inclusão de entidades do país nas sanções do 18.º pacote aprovado pela UE representa uma "prática errônea" que deve ser imediatamente interrompida.

Pequim afirmou que tomará medidas para proteger seus interesses e criticou a decisão por prejudicar o diálogo entre os dois blocos.

"A atitude da UE vai contra o espírito de consenso alcançado entre os líderes da China e da União Europeia e terá graves impactos nas relações econômicas, comerciais e na cooperação financeira", declarou o Ministério.

A nota também expressou "firme oposição e profunda insatisfação" e reforçou que a China rejeita sanções unilaterais sem base no direito internacional e sem aval da ONU.

Cúpula marcada para esta semana

A tensão cresce às vésperas de uma cúpula importante entre as duas partes. Na quinta-feira, o presidente Xi Jinping e o premiê Li Qiang receberão em Pequim Ursula von der Leyen e António Costa.

Na sexta-feira, a UE aprovou seu 18.º pacote de sanções contra a Rússia, acusando bancos chineses de ajudarem Moscou a burlar as medidas punitivas impostas pelo bloco.