
Chefe de inteligência dos EUA promete fazer 'de tudo' para processar autores do Russiagate

Tulsi Gabbard, diretora de Inteligência Nacional dos EUA, prometeu neste domingo (20) ao vivo na Fox News que vai fazer "tudo o que for possível" para que Barack Obama e os demais envolvidos na criação do chamado Russiagate sejam responsabilizados criminalmente.

Segundo Gabbard, o governo Obama e altos funcionários da segurança nacional espalharam informações falsas contra Donald Trump após sua vitória nas eleições de 2016, acusando a Rússia de interferência.
"Os responsáveis, não importa o quão poderosos tenham sido ou ainda sejam, devem prestar contas por essa conspiração contra o povo americano", afirmou.
O que Gabbard revelou?
Na sexta-feira (18), Gabbard desclassificou documentos que chamou de "provas esmagadoras" de que o governo Obama, ao perder a eleição para Trump, ordenou que a inteligência fabricasse uma nova avaliação sobre a suposta interferência russa. A decisão teria partido diretamente de Obama, que queria detalhar "as ferramentas que Moscou usou [...] para influenciar as eleições de 2016".
A denúncia mostra que, antes da eleição, a comunidade de inteligência dos EUA não via sinais de uma interferência russa; mas, depois da vitória de Trump, a Casa Branca reuniu o Conselho de Segurança Nacional e ordenou a produção de um novo relatório com base em informações manipuladas, algumas das quais teriam sido vazadas à imprensa, incluindo ao Washington Post.
Gabbard também afirmou que há testemunhas que trabalhavam na inteligência naquela época e que agora estão começando a se manifestarem.
"Há gente que trabalhou lá, que ficou indignada com o que viu, e que agora quer justiça, assim como o povo americano. Vamos entregar tudo o que temos ao Departamento de Justiça. Haverá acusações", disse.
Em 2018, o Comitê de Inteligência da Câmara dos EUA encerrou sua investigação sobre a suposta interferência russa sem encontrar provas.
- A Rússia sempre descreveu essas acusações como infundadas, enquanto que o presidente do país, Vladimir Putin, as classificou como "histeria": "Alguém pensa seriamente que a Rússia pode influenciar a eleição do povo americano? Os EUA são algum tipo de república das bananas?", afirmou Putin na época.
- Trump, ao comentar sobre uma série de investigações iniciadas contra ele, incluindo o "Russiagate", classificou-as como uma "caça às bruxas".
