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Maduro denuncia bases militares "secretas" dos EUA em país sul-americano
Presidente venezuelano afirmou que Caracas está preparada para "defender sua integridade territorial".
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que seu Governo possui "informações comprovadas" de que os EUA instalaram bases militares "secretas" na Guiana Essequiba.
Durante o ato de promulgação da Lei Orgânica de Defesa da Guiana Essequiba — aprovada em 21 de março pela Assembleia Nacional — o mandatário denunciou que Washington havia criado esses centros militares e de inteligência para realizar ações contra a Venezuela.
Maduro afirmou que o Comando Sul e a Agência Central de Inteligência (CIA) instalaram "bases militares secretas" para "preparar agressões" contra a cidade de Tumeremo (Bolívar), a cerca de 80 quilômetros de Essequiba Guiana, no sul e leste da Venezuela.
"É por isso que devemos estar sempre preparados para defender o direito à integridade territorial", ressaltou.
Visitas à região
Essa denúncia coincide com a visita da chefe do Comando Sul, Laura Richardson, à Argentina, cujo presidente, Javier Milei, ameaçou recentemente impor um cerco de sanções contra Caracas.
Tanto em agosto de 2022 quanto em julho de 2023, Richardson, que mantém uma postura hostil em relação ao Governo venezuelano, esteve na Guiana. Em março passado, foram divulgadas declarações da general norte-americana nas quais ela afirmava que seu país tinha um "plano muito sólido" com Georgetown e que a reivindicação de Caracas sobre o território de Guayana Esequiba era "injusta".
Ainda em março, o diretor da Agência Central de Inteligência (CIA) dos EUA, William J. Burns, fez uma visita não anunciada à Guiana. O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, disse que a viagem fazia parte de uma escalada de provocações e de uma "ameaça" contra seu país. Anteriormente, o chefe da inteligência dos EUA também esteve na Argentina.