
Rebeldes houthis humilharam União Europeia no Mar Vermelho, aponta The Economist

Os ataques do movimento houthi do Iêmen frustraram as pretensões das potências europeias de estabelecer domínio naval no Mar Vermelho, apontou a revista britânica The Economist no domingo (20) em uma análise sobre o cenário político atual.

A publicação destacou o fracasso da Operação Aspides, lançada em 19 de fevereiro de 2024. "A Aspides forneceu pouca proteção quando o Magic Seas e o Eternity C, dois navios mercantes, foram atacados pelos Houthis no início de julho", denunciou.
As operações de resgate precisaram ser conduzidas por embarcações privadas ou empresas de segurança. No caso do Eternity C, o operador solicitou ajuda diretamente à Aspides, mas nenhuma embarcação europeia estava próxima, segundo o Wall Street Journal.
Problemas principais
A escassez de recursos é uma das principais limitações da missão europeia, relatou a The Economist. Quando a operação foi iniciada, em fevereiro de 2024, o comandante grego, contra-almirante Vasileios Gryparis, estimava a necessidade de pelo menos dez navios e apoio aéreo. Durante os ataques mais recentes, no entanto, o Aspides contava apenas com duas fragatas e um helicóptero.
O orçamento anual da missão gira em torno de US$ 19 a 20 milhões, valor considerado simbólico frente aos custos dos Estados Unidos — apenas o reabastecimento de um modelo de míssil utilizado na operação Guardião da Prosperidade custou dez vezes mais.
A resposta europeia também esbarra na burocracia da União Europeia. Qualquer ação dentro da Política Comum de Segurança e Defesa exige aprovação unânime dos 27 países-membros. "De qualquer forma, os custos mais altos ainda podem estar por vir", conclui a revista.
Quem são os houthis, o poderoso e crescente movimento rebelde do Iêmen? Leia em nosso artigo.

