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Tornozeleira de Bolsonaro desencadeia protestos pró-Trump em capitais do país

Com bandeiras dos EUA e Israel, manifestantes também pedem reação do Congresso durante o recesso.
Tornozeleira de Bolsonaro desencadeia protestos pró-Trump em capitais do paísReprodução/Divulgação Redes Sociais/X @BolsonaroSP

A medida anti fuga de determinar o uso de uma tornozeleira eletrônica a Jair Bolsonaro se tornou o estopim para manifestações organizadas por lideranças conservadoras neste domingo (20), em sete capitais brasileiras.

Os protestos, convocados com a bandeira do "Movimento Reaja Brasil", reuniram críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), menções ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e pedidos pelo fim do recesso parlamentar.

Brasília, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Curitiba, Vila Velha e Rio de Janeiro foram palco das mobilizações, que reuniram faixas, cartazes e palavras de ordem em defesa do ex-presidente e contra o ministro Alexandre de Moraes. Nos atos, era possível ver bandeiras do Brasil, dos Estados Unidos e de Israel.

Em Brasília, manifestantes entoaram coros como "Moraes ditador" e "presidente Trump, contamos com você". A frase "meu visto jamais será cassado" também se destacou, em referência direta à decisão de Donald Trump, anunciada na sexta-feira (18), que baniu o ministro Alexandre de Moraes, seus familiares e aliados de entrarem em território norte-americano.

O pastor Silas Malafaia esteve entre os mobilizadores da iniciativa. Em vídeo publicado nas redes, ele incentivou a população a reagir. "Estamos diante de um arbítrio institucionalizado", afirmou.

A operação da Polícia Federal que motivou a onda de protestos foi autorizada por Alexandre de Moraes, no âmbito da ação penal que trata da tentativa de golpe de Estado em 2022. Bolsonaro, réu no processo, foi obrigado a utilizar tornozeleira eletrônica e está sob recolhimento domiciliar noturno, entre 19h e 6h. A PGR alegou risco de fuga.

Parlamentares ligados ao ex-presidente, como a deputada Bia Kicis (PL) e a senadora Damares Alves (Republicanos), participaram dos protestos. A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (Progressistas), também marcou presença.

Bia Kicis declarou que o Partido Liberal pretende contestar o recesso parlamentar em vigor. "A Câmara e o Senado precisam trabalhar. Vamos recorrer da decisão que manteve o recesso e tentar sensibilizar os demais deputados", disse, segundo o jornal Brasil de Fato que acompanhou o ato.

A deputada também criticou as medidas judiciais contra Bolsonaro. "Ele não foi condenado e está sendo submetido a uma humilhação", afirmou. Em sua fala, defendeu Michelle Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e outros aliados que, segundo ela, estão sendo alvo de perseguição.