
'Vovó do crime': idosa é condenada por liderar rede familiar que traficou R$560 milhões em drogas

Uma mulher de 65 anos, apontada pela polícia como líder de uma organização criminosa familiar responsável pela distribuição de quase uma tonelada de cocaína no Reino Unido, foi condenada junto com outros sete membros da quadrilha nesta semana, noticiou o The Guardian.
As penas totalizam 106,5 anos de prisão. Deborah Mason, apelidada de "Queen Bee (Abelha Rainha)" e descrita como "gangster granny (vovó criminosa)", foi condenada a 20 anos de reclusão por conspiração para o Completo de drogas classe A.

As condenações foram proferidas na sexta-feira (18) pelo Tribunal de Woolwich, em Londres. Segundo a promotoria, os envolvidos atuaram entre abril e novembro de 2023, transportando cartuchos de cocaína importados por diversas cidades britânicas, incluindo Londres, Bradford, Leicester, Birmingham, Bristol e Cardiff.
De acordo com o Ministério Público, a operação movimentou entorpecentes com valor de revenda estimado entre £23 milhões e £35 milhões (cerca de R$ 161 milhões a R$ 245 milhões), e valor de rua de aproximadamente £80 milhões (em torno de R$ 560 milhões).
A investigação revelou que a rede contava com membros da própria família de Mason , incluindo filhos, irmã e amigos próximos. As viagens para transporte de drogas, em alguns casos, foram feitas com crianças a bordo.
Durante parte do esquema, enquanto Deborah Mason viajava para Dubai, sua filha, Roseanne Mason, assumiu a contribuição das ações. Roseanne fez ao menos sete viagens, transportando cerca de 166 kg da substância.
Ainda segundo a promotora Charlotte Hole, "todos os envolvidos esperavam ganhos financeiros financeiros, de pelo menos £1.000 por viagem", e sabiam da dimensão da operação. Hole acrescentou que Mason "recrutou familiares e amigos próximos" sem uso de coerção, motivando-os pelo lucro.
Sentença aos familiares
O juiz Shorrock, ao proferir a sentença de Deborah Mason, afirmou: "Você recrutou membros de sua própria família e, como mãe, deveria ter dado o exemplo, e não os prejudicados."
Outros membros da rede também receberam sentenças severas. Roseanne Mason e Demi Bright foram condenadas a 11 anos cada. Lillie Bright pegou 13 anos, enquanto Demi Kendall recebeu pena de 13 anos e seis meses. Reggie Bright foi condenada a 15 anos, Tina Golding a 10 anos e Anita Slaughter, a 13 anos.
As investigações foram conduzidas por agentes da Polícia Metropolitana, com apoio de escutas e vigilância. As prisões ocorreram em maio de 2024, de forma preventiva.
O detetive Jack Kraushaar, que liderou o caso, declarou: "Esta foi uma operação sofisticada e altamente lucrativa. Após meses de investigação, conseguiu prender e condenar os responsáveis, evitando que mais drogas chegassem às ruas e causassem sofrimento às comunidades".

