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China reage ao novo pacote de sanções da UE contra Rússia

Pequim classificou as medidas como "unilaterais" e advertiu que fará "o que for necessário" para defender suas empresas.
China reage ao novo pacote de sanções da UE contra RússiaGettyimages.ru / Tomas Ragina

O governo da China criticou nesta sexta-feira (18) o novo pacote de sanções da União Europeia contra a Rússia, que inclui restrições a empresas chinesas suspeitas de manter vínculos comerciais com Moscou.

Pequim qualificou as sanções como "unilaterais" e "sem base no direito internacional", advertindo que fará "o que for necessário" para proteger os interesses de suas companhias.

Durante coletiva de imprensa, o porta-voz do ministério, Lin Jian, destacou que "a China nunca forneceu armas letais a nenhuma das partes em conflito" e que "controla estritamente a exportação de itens de uso duplo".

"As trocas normais e a cooperação entre empresas chinesas e russas não devem ser interrompidas ou afetadas", afirmou o funcionário, instando à UE que "pare de prejudicar os interesses legítimos das empresas chinesas, já que não há provas que sustentem suas alegações".

Além disso, o porta-voz ressaltou o compromisso de Pequim em "promover negociações de paz" diante do conflito entre Rússia e Ucrânia.

Sanções europeias

A UE aprovou, nesta sexta-feira (18), o 18º pacote de sanções contra a Rússia. As medidas preveem a proibição da importação através dos gasodutos Nord Stream, impõem um preço máximo para o petróleo russo, limitam o acesso de bancos do país a financiamentos e atingem 105 petroleiros da chamada "frota sombra".

Em resposta, o Kremlin afirmou que o país "já se adaptou a viver sob sanções" e desenvolveu "certa imunidade" às restrições impostas pelo Ocidente, que considera "ilegais".