
Venezuela confirma retorno de 252 migrantes detidos em El Salvador

O governo da Venezuela anunciou nesta sexta-feira (18) a liberação de 252 cidadãos venezuelanos que estavam detidos no Centro de Confinamento do Terrorismo (Cecot), em El Salvador, após deportações irregulares dos Estados Unidos. Segundo Caracas, a medida foi possível graças a um acordo de troca de prisioneiros com Washington.
Em comunicado publicado pelo chanceler Yván Gil, o governo detalhou que a liberação foi fruto de um acordo, com a soltura de um grupo de cidadãos norte-americanos com "comprovada participação em crimes graves contra a paz, independência e segurança da nação". "A Venezuela pagou um alto preço para conseguir a liberdade desses compatriotas", afirmou.

O texto também informa que "os órgãos competentes do Sistema de Justiça concederam medidas alternativas à privação de liberdade a um grupo de cidadãos venezuelanos que permaneceram detidos, no âmbito de um processo penal movido contra eles, por sua participação na prática de crimes comuns e contra a ordem constitucional, previstas e sancionadas na legislação nacional".
O comunicado ainda afirma que o presidente Nicolás Maduro "não teve nenhuma dúvida em realizar esta troca e resgatar assim esses migrantes venezuelanos", que foram "sequestrados em El Salvador por culpa dos setores mais extremistas da direita venezuelana".
O governo venezuelano agradeceu ao ex-presidente espanhol José Luis Rodríguez Zapatero "por seus esforços em prol do diálogo político, da paz e da reconciliação na Venezuela".
El Salvador e EUA se manifestaram
Do lado salvadorenho, o presidente Nayib Bukele confirmou a liberação de "todos os cidadãos venezuelanos" que estavam sob custódia no país, embora não tenha informado quando ou a quem foram entregues.
Nos Estados Unidos, o secretário de Estado publicou na rede X que dez cidadãos norte-americanos presos na Venezuela foram libertados. Em sua mensagem, ele agradeceu à equipe do Departamento de Estado e a Bukele "por ajudar a garantir" o "acordo para a libertação" de "todos os detidos norte-americanos" e de "presos políticos venezuelanos".
