Venezuela recebe 251 deportados dos EUA; 7 crianças separadas das famílias estão entre eles

Um avião transportando 251 imigrantes dos Estados Unidos chegou à Venezuela nesta sexta-feira (18), de acordo com o ministro do Interior, Justiça e Paz do país sul-americano, Diosdado Cabello.

Entre os repatriados estavam sete dos 31 menores que haviam sido irregularmente separados de suas famílias nos Estados Unidos, procedimento que Caracas descreveu como "sequestro".

"São boas notícias nossas crianças, boas notícias para o nosso país. Algumas crianças foram resgatadas hoje, foram resgatadas do sequestro a que foram submetidas", disse Cabello ao receber os menores resgatados. O ministro fez questão de chamar, nome por nome, todas as crianças e deu o microfone para que elas pudessem fazer uma saudação. 

Por sua vez, a primeira-dama venezuelana, Cilia Flores de Maduro, afirmou que aquele era um dia "muito especial" e atribuiu a libertação das crianças "à consciência e à mobilização do povo e ao governo revolucionário, que fez tudo o que estava ao seu alcance".

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"Assim como essas crianças que estão aqui, todas as crianças que foram separadas de suas famílias virão para a Venezuela e se reunirão com suas famílias", garantiu a primeira-dama.

Cabello também detalhou que, ao longo de 2025, o Plano de Retorno à Pátria (criado em 2018 pelo Executivo venezuelano para repatriar imigrantes) conseguiu o retorno de 8.283 venezuelanos.

Segundo o ministro, os venezuelanos que retornaram ao país foram atendidos após serem sequestrados e perseguidos nos Estados Unidos, em um processo que ele classificou como uma "caçada" motivada por uma falsa premissa de que integrariam gangues criminosas.

"É uma grande mentira que o imperialismo não conseguiu sustentar, porque tudo desmoronou. [...] Se alguém chega aqui com uma investigação aberta na Venezuela, que é solicitado pelos órgãos de segurança do Estado por crimes cometidos em nosso país, ele tem um tratamento diferente, que é o do processo judicial", esclareceu, embora tenha insistido que a maioria dos venezuelanos que retornaram dos EUA não tem antecedentes criminais.