A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) votou, em sua maioria, por manter a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que determinou uma série de medidas cautelares contra o ex-presidente Jair Bolsonaro nesta sexta-feira (18), incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, informou a imprensa.
Além de Moraes, os ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino votaram para manutenção das medidas. Os ministros Cármen Lúcia e Luiz Fux possuem até às 23h59 da próxima segunda-feira (21) para darem seus votos.
A decisão ocorre após investigações da Polícia Federal (PF) indicarem que Jair Bolsonaro e seu filho, o deputado federal Licenciado Eduardo Bolsonaro, atuaram em conluio com o governo norte-americano de Donald Trump para interferir na política interna do Brasil.
Entre as justificativas, o STF alegou haver risco concreto de fuga para o exterior. Por esse motivo, Bolsonaro foi proibido de se aproximar ou acessar embaixadas estrangeiras, e está obrigado a usar tornozeleira eletrônica com monitoramento 24 horas.
Outras restrições severas inclui o impedimento de deixar sua residência em Brasília no período noturno (das 19h às 6h) e aos finais de semana. Também está proibido de acessar redes sociais e manter contato com investigados, embaixadores ou autoridades estrangeiras — o que inclui seu filho Eduardo, também sob investigação.