O ex-presidente Jair Bolsonaro deu uma declaração nesta sexta-feira (18) após o Supremo Tribunal Federal (STF) impor novas medidas cautelares contra ele.
"Nunca pensei em sair do Brasil", disse Bolsonaro, que agora será obrigado a usar tornozeleira eletrônica, permanecer em casa entre as 19h e 7h e proibido de usar as redes sociais.
Além disso, ele não poderá se comunicar com diplomatas nem se aproximar de embaixadas, além de estar proibido de entrar em contato com o filho, Eduardo Bolsonaro. "Estou me sentindo humilhado, não posso falar com o meu filho Eduardo também, é uma humilhação", afirmou.
"Fizeram a busca e apreensão em casa, pegaram 7.000 reais e aproximadamente 14 mil dólares, tudo devidamente aí com origem", afirmou o ex-presidente, que está sob investigação judicial por seu suposto envolvimento em um golpe de Estado contra o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Nesse sentido, ele reafirmou que os processos contra ele são "políticos" e que "não há nada de concreto" que possa implicá-lo em um potencial atentado à democracia. "Não há provas de nada", insistiu.
As medidas foram impostas depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, decidiu que o ex-presidente e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, agiram para permitir que outros países interferissem na justiça brasileira.
As acusações surgem depois de ambos fazerem declarações públicas afirmando que as sanções unilaterais dos EUA contra o Brasil poderiam ser suspensas se uma anistia fosse concedida.