Hospital confunde frascos e aplica antídoto contra cobra em bebês

Onze bebês recém-nascidos receberam, por engano, doses de soro antibotrópico, utilizado como antídoto para picadas de cobras, no lugar da vacina contra hepatite B, durante atendimento na maternidade do Hospital Santa Cruz de Canoinhas, em Santa Catarina, conforme relatou a Folha de S.Paulo.

O caso foi confirmado na terça-feira (15) e ocorreu entre os dias 9 e 11 de junho.

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Segundo as autoridades de saúde, os bebês não apresentaram reações adversas até o momento e seguem sendo monitorados. Uma sindicância foi aberta pelo hospital para apurar as circunstâncias do erro, que é tratado como falha humana na administração de medicamentos.

Entre as possíveis causas apontadas, está a semelhança visual entre os frascos da vacina e os do soro, o que pode ter levado à troca no momento da aplicação. O soro antibotrópico é indicado para neutralizar o veneno de serpentes do gênero Bothrops, como jararacas e urutus, e não possui indicação para uso em recém-nascidos saudáveis.

A vacinação contra hepatite B é prevista no calendário nacional e deve ser iniciada ainda nas primeiras horas de vida. Após a dose inicial, o esquema vacinal segue aos dois, quatro e seis meses de idade, conforme orientação do Ministério da Saúde.

A Prefeitura de Canoinhas afirmou que a responsabilidade pela aplicação das vacinas é da unidade hospitalar, e não do município. A gestão informou ainda que repassa cerca de R$ 1 milhão por mês ao hospital.

O Ministério Público de Santa Catarina também acompanha o caso.