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Ocidente busca transformar Moldávia em uma 'segunda Ucrânia', denuncia Moscou

Zakharova criticou uso do país europeu como base militar da OTAN para possível confronto com a Rússia.
Ocidente busca transformar Moldávia em uma 'segunda Ucrânia', denuncia MoscouGettyimages.ru / Kay Nietfeld / picture alliance

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou nesta quinta-feira (17), durante coletiva de imprensa em Moscou, que os países ocidentais estão tentando transformar a Moldávia em uma base estratégica militar para a OTAN, com o objetivo de preparar um possível confronto com a Rússia. Segundo ela, esse movimento conta com a "servil assistência" do governo moldavo.

De acordo com Zakharova, a recente cúpula entre a União Europeia (UE) e Moldávia teve como foco principal a cooperação em defesa e segurança, o que demonstraria as intenções de militarização da região. Ela declarou que "a maior parte dos acordos alcançados trata da cooperação militar entre Chisinau e Bruxelas".

Segundo a alta diplomata, a reunião, que durou pouco menos de duas horas, se resumiu a "elogios mútuos" e à assinatura de uma "declaração conjunta cheia de frases feitas". Para Zakharova, o encontro foi "uma campanha de relações públicas sem conteúdo".

A porta-voz destacou que, apesar da neutralidade moldava estar prevista na Constituição, o país estaria desmantelando esse status ao permitir exercícios militares com a OTAN.

"Em 2024, foram realizados 30 exercícios militares em solo moldavo ou em parceria com o país", lembrou.

Zakharova também apontou para informações publicadas pela imprensa local sobre a morte de quatro oficiais moldavos perto de Kherson como um indicativo de que a Moldávia já estaria envolvida no conflito.

  • Na segunda-feira (15), o Serviço de Inteligência Exterior da Rússia (SVR) afirmou que a OTAN está "ativamente" preparando a Moldávia para um possível confronto armado com Moscou.
  • Segundo o órgão, o objetivo seria facilitar o deslocamento rápido de tropas para as fronteiras russas, por meio de novos projetos de infraestrutura, armazéns e centros de logística militar.