
Lula chama Bolsonaro e Eduardo de 'traidores' da pátria
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acusou nesta quinta-feira (17) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de trair o país em razão de sua postura diante das tarifas anunciadas pelos Estados Unidos contra produtos brasileiros.
Lula ainda provocou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que viajou aos Estados Unidos para articular, junto a parlamentares conservadores, sanções contra o próprio país.
"O filho dele fica com esse negócio de 'liberta meu pai, liberta meu pai'. Eles têm que ser tratados por nós como traidores do século XX e XXI da história desse país. Eles não tiveram preocupação com os prejuízos que essa taxação vai trazer ao Brasil, à indústria, ao agronegócio, com essa taxação que vai pesar no bolso do povo brasileiro", disse Lula.

Segundo o mandatário, Jair Bolsonaro deverá responder judicialmente pela forma como conduziu o país durante a pandemia de Covid-19, especialmente pelas mortes que, segundo ele, ocorreram por negligência. Lula também criticou a postura do ex-presidente ao buscar apoio dos Estados Unidos, sugerindo que sua identificação com o país estrangeiro o distancia dos interesses nacionais.
Para o presidente, quem prioriza outra nação em detrimento do Brasil não pode ser considerado patriota.
"Quem se abraça na bandeira americana é patriota falso. Bolsonaro se abraça nela. Então transfira o título para lá e vá votar lá", disse o mandatário.
"Não é um gringo que vai dar ordem"
Ao defender a soberania nacional, o presidente também reforçou que seu governo não aceitará imposições do exterior, especialmente quando envolvem decisões que impactam a economia e a regulação do país. Em tom firme, disse que o Brasil está disposto a negociar, mas sem abrir mão da autonomia.
"Quando o cara truca, a gente tem que escolher: eu corro ou grito 'seis' na orelha dele. Eu estou jogando. O Brasil gosta de negociação", afirmou.
Lula destacou sua trajetória pessoal como símbolo de resistência e reafirmou que o Brasil não se curvará a interesses estrangeiros.
"Um cara que nasceu em Caetés, chegou em São Paulo com 7 anos de idade, comeu pão pela primeira vez com 7 anos. Sobreviveu criado por uma mãe com 8 filhos, chegou à Presidência da República, não é um gringo que vai dar ordem a um presidente da República", declarou o mandatário.
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